Intensivo de FORMAÇÃO ESPIRITUAL
Autor:- Ivo Gomes do Prado - ivoprado@yahoo.com.br
Introdução
Escrevemos o presente estudo no ano de 1997 devido à nossa necessidade como Igreja de ministrarmos às pessoas alcançadas pelo evangelho através dos pequenos grupos familiares, as nossas células.
Apresentamos onze pontos básicos, com um material e linguagem bem simples para o entendimento fácil das pessoas a serem ministradas. Também possibilita ao ministrante desenvolver melhor o estudo tomando por base esta apostila.
Quando fomos solicitados a desenvolver esta apostila a partir de temas pré-estabelecidos, o movimento de Igreja em Células ainda engatinhava em nossa região, não havendo portanto materiais à disposição das Igrejas, como há hoje. Para a glória do Senhor, este material tem sido usado por vários ministérios tendo alcançando muitos frutos reais. Periodicamente temos feito atualizações, principalmente para os ministérios chamados de "tradicionais" em transição para o modelo neotestamentário de Igreja em Células.
Estes estudos podem ser usados de várias formas. Podem ser ministrados em um final de semana, divididos em um sábado e um domingo, muitas vezes acompanhados de outros estudos. Para isso temos ainda outra apostila. Poderá também ser usado um retiro onde, além dos estudos poderá haver muita oração e ministração de cura da alma. Temos também feito uso em classes de preparação de lideranças celulares.
Ivo Gomes do Prado – candidato a servo inútil.
01. Salvação.
02. Batismo.
03. Ceia do Senhor.
04. Senhorio de Cristo.
05. Mordomia - Ministério & Finanças.
06. Enchimento do Espírito Santo.
07. Crescendo Como Um Ser Espiritual.
08. Poder Para o Ministério.
09. Você e Sua Célula.
10. Crescendo Como Uma Comunidade De Adoradores.
11. Visão da Igreja.
01 - Salvação
O homem foi feito para a vida
Deus, no princípio da criação, no sexto dia, após ter criado todas as coisas simplesmente pela sua palavra, cria o homem com suas própria mãos, soprando-lhe nas narinas o espírito da vida. De toda a criação o mais belo, o melhor, o principal foi o ser humano. Criado para dominar sobre todas as coisas na face da terra (Gên. 1.28, Salmo 115.16) e para ter comunhão com o Criador. O homem foi criado à semelhança de Deus, tendo corpo, alma e espírito, sendo criado para reinar sobre a terra e nela viver eternamente em comunhão plena como o Senhor Deus.
Pecado e queda.
Sendo à semelhança do Criador, o homem não era um ser programado. Podia ter sua vontade própria e capacidade de decisão, podia exercer o direito de escolher até entre o bem e o mal. Infelizmente, em Adão e Eva, todos nós escolhemos o mal, o pecado. Satanás possuiu o corpo da serpente (foi a primeira sessão espírita), tentou a mulher, dizendo que se comesse do fruto do conhecimento do bem e do mal seria igual a Deus. Esse foi o pecado de Satanás, querer ser igual a Deus, esse também foi o pecado da mulher e de toda a humanidade, querer ser como Deus. Após ser enganada, Eva levou Adão ao mesmo engano. Nasce aí o espírito de Jezabel (I Reis 19.1-2, Apocalipse 2.20). Por causa dessa escolha, o homem que caminhava para a vida, passou a andar em caminhos opostos a Deus, caminhos esses que levam à perdição e morte eterna (Romanos 3.23).
Tentativas do homem se voltar para Deus
Após a queda, o homem tem feito várias tentativas de voltar ao caminho da vida. O primeiro ato de Adão e Eva foi de costurarem uma roupa com folhas para esconderem a nudez diante do Senhor que os visitava diariamente na viração do dia (por do sol). Deus, então sacrifica um animal inocente e das suas peles faz-lhes vestes, simbolizando o sacrifício de Jesus Cristo, através do qual recebemos as vestes para nos apresentar diante do Deus santo. Hoje muitos se auto flagelam, tentando através de sofrimentos, carmas, e sacrifícios, a purificação para se apresentarem diante de Deus. Outros fazem boas obras, outros seguem rituais religiosos. Entretanto, todas as tentativas humanas têm fracassado.
Providência divina
Deus já sabia que o homem seria impotente para se salvar, por isso, em seu infinito amor, providencia para a humanidade o meio, o único meio, para a salvação. Jesus Cristo, o Verbo eterno, se fez carne e habitou entre nós, fazendo-se homem (João 1.14). Só o amor de Deus para com a humanidade poderia nos providenciar a salvação (João 3.16). Jesus veio em carne e como homem viveu entre nós, sendo rejeitado, e como o mais desprezado dos homens, tomou sobre si as nossas dores e maldições e as levou (Isaías 53. 3 a 6). Fez-se maldito ao ser pendurado na cruz, onde entregou sua vida para a nossa redenção. Jesus nos providenciou o sozo, palavra grega que é traduzida ora por cura, ora por salvação. Na verdade significa a cura do corpo, a libertação da alma e a salvação do espírito. A obra de Jesus Cristo foi completa.
O homem pode receber ou rejeitar a salvação
A humanidade continua com o direito de livre escolha podendo optar entre receber a Jesus ou continuar caminhando para a morte eterna. O homem, ao ouvir a Palavra de Salvação, em seu coração é criada a fé (Rom. 10.17), passa a crer e com a boca confessar a Jesus Cristo como o Senhor. Experimentamos Jesus Cristo e Ele é muito mais do que aquele que nos cura, nos liberta e nos salva, Ele é o nosso Senhor. O nosso espírito, que estava separado de Deus, portanto morto espiritualmente, é recriado, e nele satanás não tem o direito de tocar. Recebemos a vida, a salvação eterna. João 3.36.
Comentários no pequeno grupo
Vão ser formados grupos de três pessoas que permanecerão até o final do curso.
Assunto para o exercício:- Explique para a pessoa que está à sua esquerda o diagrama de João 3.16 (o plano de salvação).
"Portanto vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. " Mateus 28.19.
A Igreja tem duas ordenanças ou mandamentos dados por Jesus que são o batismo e a ceia do Senhor. Neste capítulo vamos estudar sobre o batismo, a primeira ordenança de Jesus à Sua Igreja.
João Batista batiza a Jesus.
Um pouco antes do início do ministério de Jesus, vamos encontrar João Batista pregando no deserto a mensagem de arrependimento, submetendo as pessoas que recebiam a mensagem do profeta ao batismo nas águas do rio Jordão. É justamente às margens do rio Jordão que Jesus inicia o seu ministério. Ele vai ao encontro de João Batista e recebe o batismo nas águas. Saindo das águas, o Espírito Santo desce sobre Jesus, revestindo-o com poder. (Mateus 3.13 a 17). É no poder do Espírito que Jesus realiza o seu ministério, inclusive os sinais e maravilhas.
O batismo no início da Igreja
Vamos encontrar os discípulos de Jesus batizando durante o tempo de seu ministério (João 4. 1 e 2). Esta também é uma das ordens deixadas por Jesus na grande comissão (Mat.28.19 - vide acima).
No livro dos Atos dos Apóstolos encontramos os novos alcançados sendo batizados. No dia de Pentecostes, cerca de 3.000 pessoas são batizadas em Jerusalém (Atos 2.41). Lá havia muitas piscinas e tanques públicos conforme encontrado em pesquisas sobre a cidade.
Em Samaria um grupo grande de pessoas recebe a mensagem através do diácono/evangelista Felipe e por ele são batizados (Atos 8.12). Este também fala ao eunuco etíope, oficial da rainha de Candace que é alcançado pelo evangelho e batizado nas águas (Atos 8.36 a 38). O desconhecido Ananias ministra a Saulo (Paulo) a cura da sua vista, o batismo nas águas e o enchimento do Espírito Santo (Atos 9.17 e 18). Há ainda outras passagens falando do batismo de outros novo convertidos.
Significados do Batismo
A palavra batismo é um termo grego que traduzido para o português significa:- mergulhar, submergir ou sepultar. Espiritualmente significa que o novo alcançado ao se arrepender e crer em Jesus Cristo, morreu para a velha vida, para o mundo (imersão), foi sepultado (submersão) ressuscitando (emersão) como uma nova criatura, uma nova pessoa, com o espírito recriado por Jesus.
"Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova. Se dessa forma fomos unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição. Pois sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não mais sejamos escravos do pecado; pois quem morreu, foi justificado do pecado. Ora, se morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos." Romanos 6:4-8.
"Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova. Se dessa forma fomos unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição. Pois sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não mais sejamos escravos do pecado; pois quem morreu, foi justificado do pecado. Ora, se morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos." Romanos 6:4-8.
O batismo tem um significado vindouro, futuro. Os corpos dos mortos em Cristo, mesmo sepultados, ressuscitarão transformados como Cristo ressuscitou.
Também é a pública manifestação de nossa fé em Cristo, tanto para o mundo material como para o espiritual. É um ato de obediência pelo qual até o próprio Jesus Cristo se submeteu. Por isso o batismo é condição para pertencermos à Igreja de Jesus Cristo.
Quem deve ser batizado
A ministração do batismo não é para a salvação das pessoas e sim para os que foram alcançados recebendo o amor de Cristo, pertencendo ao seu senhorio (Atos 8.36 a 38). Desta forma, as crianças pequenas não são batizadas, porque em sua pureza e inocência não cometeram pecados, não necessitando de arrependimento, enquanto pequeninas. As mais crescidas que podem exercer o direito de escolha entre o bem e o mal, quando se entregam ao senhorio de Jesus Cristo podem e devem ser batizadas.
"Prosseguindo pela estrada, chegaram a um lugar onde havia água. O eunuco disse: "Olhe, aqui há água. Que me impede de ser batizado? " Disse Filipe: "Você pode, se crê de todo o coração". O eunuco respondeu: "Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus". Assim, deu ordem para parar a carruagem. Então Filipe e o eunuco desceram à água, e Filipe o batizou." Atos 8:36-38
"Prosseguindo pela estrada, chegaram a um lugar onde havia água. O eunuco disse: "Olhe, aqui há água. Que me impede de ser batizado? " Disse Filipe: "Você pode, se crê de todo o coração". O eunuco respondeu: "Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus". Assim, deu ordem para parar a carruagem. Então Filipe e o eunuco desceram à água, e Filipe o batizou." Atos 8:36-38
Comentários no pequeno grupo:-
Com o mesmo grupo anterior, comente sobre o significado do batismo em Romanos 8. 1 a 3.
Texto para a leitura:- I Coríntios 11. 23 a 32.
Jesus institui a ceia do Senhor
A segunda ordenança deixada por Jesus é a ceia do Senhor. Ela foi instituída momentos antes da prisão, julgamento e morte do Senhor Jesus Cristo, quando o seu corpo foi entregue, machucado, partido, dilacerado. O seu sangue foi derramado, tudo a nosso favor, tornando possível a paz entre Deus e os homens. Através da cruz nós temos comunhão com Deus (vertical) e com os homens (horizontal). Em sua morte Jesus se torna a Cabeça da Igreja e cada um de nós parte desse corpo.
A primeira ceia do Senhor é tomada na comunhão do pequeno grupo.
A primeira ceia do Senhor foi tomada por Jesus Cristo junto com seus discípulos, dentro do pequeno grupo de comunhão que seria exemplo para toda a Igreja. Em nossos dias damos o nome de célula a esse pequeno grupo.
Os primeiros cristãos partiam o pão nas reuniões em suas casas com grande alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus (Atos 2.46 e 47). Assim deve ser para nós quando participamos da ceia do Senhor, recordando sua morte em nosso favor (vicária). Também somos abençoados conforme I Coríntios 10. 16 e 17. É um momento de reflexão, de exame de nossas vidas e de colocarmos nossas vidas em ordem (I Coríntios 11. 28 e 29).
Anunciando ao mundo a morte do Senhor
A ceia do Senhor também é um momento de anunciarmos a morte do Senhor até que Ele venha (I Cor. 11.26). As pessoas não alcançadas ao presenciarem esse momento de celebração são tocadas profundamente em seus corações, sentido o peso de seus pecados, sendo alcançadas e compelidos a participar do momento espiritual, tornando-se em um só pão e um só corpo (I Cor. 10.17).
Celebrando nas células, nos abençoemos mutuamente, trocando, dois a dois, o pão e o cálice.
Elementos da ceia do Senhor
Os elementos que compõem a Ceia do Senhor são:-
O pão simboliza o corpo de Jesus que sofreu castigos desde o seu julgamento quando foi esmurrado, açoitado, a coroa de espinhos que penetrou profundamente em seu crânio; e também na cruz onde cravos foram pregados na mãos e nos pés, e onde teve sofrimentos e dores atrozes. O pão também é o nosso alimento espiritual, partido na cruz.
E o vinho, ou fruto da videira, que simboliza o sangue de Jesus derramado na cruz. Sangue da aliança que é a comunhão restabelecida com o Pai, comunhão que gozamos com todos os irmãos em Cristo (Lucas 22.19-20). Em nossas veias espirituais circula o sangue de Jesus, por isso somos todos irmãos.
Jesus nos deixou a promessa que conosco tomaria novamente do fruto da videira, num grande banquete, no reino do Pai (céus). Esse banquete é o das bodas do Cordeiro com sua noiva querida que é a Igreja. (Mateus 26.29.)
Comentários no pequeno grupo:-
Comente com o seu grupo de três, o significado da ceia do Senhor
04 - O Senhorio de Jesus Cristo
O senhorio no mundo material
Em nossos dias a palavra senhor perdeu a conotação possuída no passado. Senhor era o dono absoluto da vida dos escravos ou das pessoas que morassem em suas propriedades.
O senhorio no mundo espiritual
No mundo espiritual também encontramos dois senhorios, embora o verdadeiro Soberano e Senhor Eterno seja Deus, a quem os hebreus chamavam de Adonai (Senhor). Nas formas de manifestação do Deus uno; Pai, Filho e Espírito Santo; Ele se apresenta como Senhor. O diabo, satanás ou o "inimigo" também aparece como senhor. Na realidade esse título ele usurpou quando o homem lhe entregou o domínio do mundo e ele se torna o príncipe deste mundo, João 14.30: - "Já não falarei muito convosco, porque vem o príncipe deste mundo, e ele nada tem em mim". Mas ele já está julgado (João 16.11) e os seus dias de senhorio estão contados (Apoc. 20.10).
Jesus Cristo é Senhor por direito de criação
Em João 1.3A temos:- "Todas as coisas foram feitas por Ele (Jesus)" Na criação estavam presentes o Pai, o Filho e o Espírito, por isso em Gênesis 1.26 aparece a expressão "façamos o homem à nossa imagem e semelhança," no plural. Jesus Cristo por direito de criação é o Senhor de todas as coisas.
O homem tendo recebido de Deus o direito de domínio sobre a terra, ao pecar entrega ao diabo esse direito, ele se torna príncipe deste mundo por um certo tempo como vimos acima.
Jesus é o Senhor por direito de redenção
Quando o homem caiu, tudo parecia estar perdido para a humanidade, caminhávamos para a perdição eterna junto com o diabo e seus anjos (demônios). Mas Deus, em seu infinito amor, já havia preparado para toda a humanidade a obra de redenção. Deus nos amou tanto que o próprio Filho (João 3.16), o Unigênito, se fez homem e habitou entre nós (João 1.14), e pela sua morte vicária (em nosso lugar) na cruz, e sua ressurreição, derrotou o "inimigo". Jesus conquista novamente o direito de ser o nosso Senhor, agora por redenção (adquirir novamente).
Ao homem agora cabe o direito de escolha: de continuar servindo a satanás, ou a aceitar a Jesus Cristo como Senhor.
O Senhorio de Jesus é garantia de comunhão
Muitas pessoas têm procurado Jesus apenas como aquele que cura, que liberta, que salva. Jesus realmente cura, liberta e salva, mas Ele deve ser para nós muito mais que isso. No Novo Testamento encontramos Jesus como Senhor mais de 300 vezes, e como Salvador menos de 20 vezes e assim mesmo, quase sempre acompanhando a palavra Senhor. Quem tem Jesus como Senhor receberá dele a cura, a libertação, a salvação e muito mais. Saberá que Ele está no domínio de todas as coisas, tendo cuidado de nós (I Pedro 5.7). Sabedores dessas coisas, descansaremos no Senhor, tendo a Sua comunhão em nós, e não só em nós mas também com as outras pessoas. A célula é o lugar onde desfrutamos da comunhão com o Senhor e com nossos queridos que também desfrutam do Senhorio de Jesus Cristo. É onde fazemos planos para trazer outras pessoas a este Senhorio glorioso, roubando-as das garras do "inimigo" e de seu reino.
Continuemos a declarar que JESUS CRISTO É O SENHOR. Um dia nós vamos viver a vida eterna na presença do Senhor Jesus Cristo quando nos encontraremos face a face com Ele na glória, poderemos então, ajoelhados aos seus pés, com a voz embargada pela emoção, dizer-lhe:- "Obrigado Senhor, mil vezes obrigado Senhor, pois embora nada merecesse, tudo fizeste por nós". Vamos louvá-Lo e adorá-Lo por toda a eternidade.
Maranata! Vem Senhor Jesus! (Apocalipse 22.20).
Comentários no pequeno grupo:-
Comente com o seu grupo Filipenses 2. 9 a 11.
05 - Mordomia - Ministério e Finanças.
A mordomia é um ministério a ser exercido por todos os cristãos. Nós somos mordomos do Senhor. Mordomo é a pessoa incumbida da direção de uma casa e dos bens do seu patrão ou senhor. Também é chamado de executivo ou administrador. Administrador é um termo muito usado nas grandes fazendas e propriedades e executivo nas empresas.
Nós já vimos que Jesus Cristo é Senhor, desse entendimento nos vem a compreensão da mordomia cristã em todos os aspectos.
1. Deus, após criar o homem deu-lhe a incumbência de tomar conta de todas as coisas no planeta Terra (Gênesis 1.26 – Salmo 8.4-8 e Salmo 115.16). A terra (porção seca), rios, mares, animais, vegetais, minerais, etc. estão debaixo da autoridade humana. Do seu uso o homem deverá prestar contas a Deus.
2. A família, principalmente o cônjuge (esposa/esposo) e filhos nos são entregues pelo Senhor para deles cuidarmos. Neste item é incluído o nosso OIKÓS (parentes e amigos), onde exercemos influência e onde devemos testemunhar falando do amor de Jesus Cristo, esforçando-nos para trazê-los para o nosso grupo de comunhão (célula).
3. Na vida temos os nossos meios de subsistência, em geral um emprego, uma profissão, ou outra atividade remunerada. Adquirimos bens como:- casa, veículos, propriedades, empresas, poupanças, etc. Como mordomos devemos saber que são do Senhor, pois a Ele pertencemos.
4. Seguindo, temos a mordomia das nossas finanças; se somos do Senhor, o nosso dinheiro também é. Vemos na Bíblia que antes da Lei os fiéis mordomos de Deus já entregavam ao Senhor os dízimos e ofertas (Gênesis 14.19). Vem a lei mosaica e nela está inserido o dízimo. Hoje já não vivemos debaixo da lei mosaica e sim debaixo da lei do amor ou da graça. Em Mateus 5.20 Jesus diz:- "Pois eu vos digo que se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus". O que para os antigos era lei, obrigação, para nós é prazer. A nossa justiça se inicia nos 10% e vai até onde o Espírito de amor, que vive em nós, determina.
A Deus não damos ou pagamos, pois só damos o que é nosso e pagamos o que devemos A Deus entregamos, trazemos com amor do que Ele tem nos dado. Temos na Palavra muitas passagens falando a respeito da fidelidade do Senhor com todos os que lhe são fiéis nos dízimos e ofertas. A mais conhecida de todas é Malaquias 3.8-11 que censura e chama de ladrões os sonegadores dos dízimos e ofertas. É entregando ao Senhor o que é o Senhor que vai fechar a boca do devorador e abrir as janelas do céu para que as bênçãos financeiras sejam derramadas sobre os que são fiéis. Temos ainda em Provérbios 3.9-10 as bênçãos prometidas aos que honram ao Senhor com os seus bens e com as primícias: celeiros cheios e lagares (onde é armazenado o vinho) transbordantes. Isto é, viveremos cheios da Palavra e do Espírito do Santo, exultantes na alegria da salvação. Em II Coríntios 9.6 também Paulo afirma da abundância da colheita daquele que semeia com fartura.
5. Devemos ainda exercer mordomia sobre todas as coisas. Abaixo relacionamos mais algumas:-
O nosso tempo é muito precioso (Efésios 5.16),
O nosso corpo, que é templo (santuário) do Espírito Santo (I Coríntios 6.19), fazendo com que a nossa carne seja dominada pelas coisas do Espírito (Romanos 8.5-11),
A nossa mente, pois temos a mente de Cristo (I Coríntios 2.16),
A nossa língua, controlando o nosso falar. Podemos construir muitas coisas, no entanto, com a nossa língua podemos provocar uma grande destruição, atraindo maldições sobre nós. (Tiago 3.2, 8 e 9)
Na Igreja em células cada discípulo é um ministro, um mordomo que serve a Cristo levando o seu amor às vidas não alcançadas, ministrando aos irmãos em amor.
Comentários no pequeno grupo:-
Por que nós devemos entregar o dízimo na Igreja? (Malaquias 3. 9 e 10)
"Todavia, digo-vos a verdade, convém-vos que eu vá; pois se eu não for, o Ajudador (Consolador) não virá para vós; mas, se eu for, vo-lo enviarei". Mateus 16. 7
Neste capítulo vamos ver a respeito do Espírito Santo e da necessidade de viver sob o seu controle. Ele é o nosso Ajudador, Consolador, Conselheiro, Advogado, enfim, é a presença constante de Jesus Cristo em nossa vida. Vermos abaixo um resumo da atuação do Espírito Santo de Deus:-
1. Quem é o Espírito Santo?
O Espírito Santo é uma das pessoas da trindade, composta pelo Pai, Filho e Espírito Santo. Ele aparece também na criação do mundo (Gênesis 1.2). No Velho Testamento o vemos capacitando pessoas para determinadas obras.
Exemplos:- Em números 11.16 e 16 são capacitados os setenta homens de Moisés; em I Samuel 16. 13 e 14 o Espírito Santo capacita a Davi como rei e se retira de Saul. Ainda no Velho Testamento é prometido a todos os que cressem em Jesus - Joel 2.28.
Exemplos:- Em números 11.16 e 16 são capacitados os setenta homens de Moisés; em I Samuel 16. 13 e 14 o Espírito Santo capacita a Davi como rei e se retira de Saul. Ainda no Velho Testamento é prometido a todos os que cressem em Jesus - Joel 2.28.
2. Ele age na nossa salvação.
A nossa salvação é fruto da ação do Espírito Santo em nossos corações. Ao nascermos de novo (João 3.6) recebemos o selo do Espírito como penhor (garantia) em nossos corações (II Coríntios 1.22). Satanás não poderá tocar em nosso espírito.
3. Possuídos pelo Espírito Santo.
Quando nascemos de novo passamos a ter o Espírito Santo em nós, este é o primeiro passo na vida cristã. O segundo passo é o batismo nas águas e o terceiro, o enchimento, o batismo no Espírito Santo (Atos 2.38), podendo em algumas vezes o ser cheio do Espírito Santo anteceder o batismo nas águas.
O início da Igreja ocorreu no dia de Pentecostes, quando cerca de 120 discípulos ficaram reunidos em Jerusalém, no cenáculo (pavimento superior de uma casa), por 10 dias, obedecendo a ordem de Jesus (Atos 1.4). Durante 10 dias ficaram juntos em comunhão e oração, e, após aprenderem a viver numa comunhão fortalecida pela oração, foi derramado sobre eles o Espírito Santo prometido. Encheram-se do poder de Deus, falaram em outras línguas (glossolalia), tornaram-se corajosos, foram capacitados para a grande obra de evangelização do mundo. Passaram a ser possuídos pelo Espírito Santo.
O mesmo Espírito que moveu o ministério de Jesus, passou a mover os 120 naquele dia, e a todos os que buscaram esse enchimento pela História da Igreja, chegando até nós hoje e continuando até o arrebatamento da Igreja. O Espírito Santo sempre fez e continua a fazer a diferença em nossas vidas.
O mesmo Espírito que moveu o ministério de Jesus, passou a mover os 120 naquele dia, e a todos os que buscaram esse enchimento pela História da Igreja, chegando até nós hoje e continuando até o arrebatamento da Igreja. O Espírito Santo sempre fez e continua a fazer a diferença em nossas vidas.
Não nos bastam os talentos natos ou adquiridos, o que é muito bom. Precisamos entregá-los ao Senhor. Através da unção plena do Espírito somos usados em um ministério poderoso.
4. Recebendo o enchimento do Espírito Santo.
Dunamis é o termo usado no original grego para designar o poder do Espírito Santo na vida da Igreja. Desse termo vem para a nossa língua, o português, as palavras dínamo – gerador de energia – e dinamite – artefato de grande poder explosivo. Do uso ou não desse poder resulta em nossas vidas a quantidade e qualidade dos frutos. Tomando a força do dunamis podemos exemplificar: Um grupo de pessoas está construindo um túnel com ferramentas manuais e encontra no caminho uma grande pedreira, se continuarem com as pás e picaretas o serviço além de demandar um grande tempo, ainda será exaustivo. O melhor caminho é fazer uso de explosivos (dinamite) e de máquinas perfuratrizes ligadas a uma fonte de energia (gerador). Assim também ocorre em nossa vida espiritual; enquanto usamos nossas próprias energias nada será produzido, se fizermos uso apenas de uma ou duas ferramentas espirituais, pouco será produzido; mas quando usamos tudo aquilo que o Senhor tem para nós, permitindo que sejamos usamos completamente pelo poder do Espírito do Senhor, então nossa obra será abundante.
O dom, o poder do Espírito Santo é para as pessoas salvas, que desejam ardentemente viver uma vida submissa e controlada pelo Espírito. O Dom do Espírito é para todos os crentes que desejam revestir-se de uma vida de poder. Os grandes homens de Deus que mudaram a história receberam um enchimento especial do Espírito Santo. Homens como João Wesley, Moody, Finnei e outros agiram no poder do Espírito.
Embora não exista uma fórmula para ministração do dom do Espírito Santo, o modo mais comum encontrado no livro de Atos é o de imposição de mãos mediante oração. Exemplos:- Em Samaria - Atos 8. 14 a 17, com Paulo - Atos 9.17, aos doze de Éfeso - Atos 19.6.
Juntamente com o Dom do Espírito são recebidos os dons do Espírito. Durante o nosso ministério temos presenciado muitas pessoas recebendo o enchimento do Espírito de diversas formas: algumas pessoas em pé caindo ao chão sob o poder do Alto, outras chorando, outras rindo, outras gritando de alegria, ainda outras ficando em silêncio profundo, outras apenas balbuciando; mas todas recebendo um dom espiritual, a maioria no momento, outras após alguns dias. Também não há padrão de local, pois muitos recebem nos cultos de celebração, em reuniões de oração, em reuniões de estudos. Ultimamente temos visto pessoas sendo cheias do Espírito e recebendo dons do Espírito nas reuniões dos grupos pequenos ou células.
Veremos mais sobre os dons no capítulo 08.
Atividade:-
Todas as pessoas que não são cheias do Espírito Santo serão agora ministradas
"Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que por ele vos seja dado crescimento para a salvação". I Pedro 2.2.
No início da vida cristã somos chamados de bebês ou filhinhos, que desejam, necessitam puro leite espiritual, para podermos crescer de modo sadio. Este curso tem a finalidade de passar-lhe doutrinas básicas para a sua formação espiritual.
O que caracteriza um cristão maduro?
Será o tempo de membro de Igreja?
- Deveria ser, mas essa não tem sido a regra para muitas pessoas que insistem em ser tratadas como bebês chorões, resmungões e birrentos, enquanto outros crescem rapidamente.
Será o cargo ocupado?
- Também deveria ser, mas nem sempre certos cargos fazem bem a certas pessoas. Estas ao invés de se conscientizarem do encargo recebido, apenas usufruem a pretensa posição alcançada, não sendo, no entanto a regra.
Serão os dons possuídos?
- Vamos ver o que ocorria na Igreja em Corinto:- I Coríntios 1.7 - Paulo escreve que eles tinham todos os dons, mas no capítulo 3.1-3 é descrito que eram imaturos e carnais, provocavam contendas por questões sem importância (vide II Pedro 2.17). Os dons são indispensáveis à vida cristã, mas devem ser acompanhados do amor. O dom sem o fruto do Espírito é o mesmo que a fé sem as obras, é morto. Além dos dons há outros passos importantes na vida cristã. Vide I Cor. 13. 1-2.
Será a maturidade e os frutos produzidos?
- "antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo".II Pedro 2.18A. A vida cristã é um todo e deve ser vivido a cada dia na escola de Jesus, o verdadeiro significado da palavra discípulo. Este é o seguidor dos passos do Mestre, a cada dia aprendendo e vivendo na prática suas lições, desfrutando e ensinando a outras pessoas o aprendido e vivido. Não basta dizer-se cristão, é necessário viver no amor de Jesus. Somos conhecidos diante de Deus pelos nossos frutos.
Leiamos em Mateus 7. 17-19 as palavras de Jesus sobre os frutos. Devemos apresentar a Deus os bons frutos, não importa se somos uma bela árvore cheia de galhos e folhas, mas, sem os frutos, para nada serviremos, como a figueira infrutífera de Mateus 21.19.Tudo na vida do discípulo deve basear-se no amor, tanto os dons e frutos, como o crescimento em conhecimento e maturidade.
Na estrutura da Igreja em células todos têm oportunidades para serem ministros. Podemos, e devemos, levar para as reuniões as pessoas do nosso OIKÓS, podemos, e devemos, nos treinar para auxiliares, depois líderes. Vamos nos desenvolver e assim passaremos a supervisores e obreiros.
A vida cristã é um todo, sempre haverá um alvo para ser atingido, como nos conta Paulo em sua carta aos Filipenses 3.14. Ao chegarmos próximos ao final de nossas vidas possamos dizer o mesmo que o grande apóstolo:- "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé".II Timóteo 4.7. Leia na sua Bíblia o verso 8 e descubra algo para nós.
Comentários no pequeno grupo:-
Lendo João 14.12, os irmãos vão comentar qual do item abaixo seria as obras referidas por Jesus:-
1. Milagres 2. Pregações 3. Demonstrações de amor.
"A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana; e, sim, no poder de Deus". I Coríntios 2. 4 e 5.
Com as nossas palavras nós podemos convencer muitas pessoas em muitas coisas, mas sem o poder do Espírito Santo, nós não conseguiremos converter pessoa alguma. Não é por muito falar ou tagarelar que seremos ouvidos aliás, a sabedoria está no pouco falar. Provérbios 17.28 nos diz que até "o ignorante é tido por sábio, quando se cala". Para sermos sábios aos olhos do Senhor, nós devemos ser usados pelo poder de Deus, inclusive quando abrimos nossas bocas. De nada adianta querermos mostrar às pessoas que elas estão erradas, que as religiões não levam a Deus, se não demonstrarmos amor do Senhor por elas. O aproximar-se do amor de Deus, que flui através de nós, faz com que as pessoas se afastem dos descaminhos da vida. Quanto mais o ouro se aproxima do fogo mais refinado se torna. A causa de buscarmos o poder em nossas vidas deve ser o amor aos não alcançados.
Jesus após a sua ressurreição e pouco antes de subir aos céus disse: "Todo o poder (autoridade) me foi dado no céu e na terra" Mat. 28. 18 e em Atos 1. 9:- "mas, recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra". Cristo é a cabeça do corpo que é sua Igreja (nós), e se a cabeça tem todo o poder e autoridade, o corpo também, porque todas as ordens emanam da cabeça.
O Espírito nos concede o "dunamis", esta é uma palavra que vem do grego, e em nossa língua derivam desse termo as palavras:- dinamite e dínamo (gerador de energia). Para se abrir um poço ou uma estrada onde há uma pedreira é muito mais fácil e rápido transpor as barreiras usando-se dinamite e máquinas que geram força, do que se fazendo uso simplesmente da força dos braços com pás e picaretas. Assim é a atividade do Espírito Santo em nossas vidas.
Nós já vimos que juntamente com o Dom do Espírito nós recebemos os dons do Espírito. O Espírito passa a nos controlar começando com o leme da nossa vida, que é a língua, nos dando o rumo certo (Tiago 3.2-4), por isso o primeiro dom é o de línguas. É o único dom para a própria edificação daquele que o tem (I Cor. 14.4); os demais são para a edificação e proveito das outras pessoas. Do bom uso que fazemos dos dons recebidos é que o Espírito nos concede novos dons. Por exemplo:- ao sermos cheios do Espírito Santo com a evidência de falar em línguas, nos devemos edificar orando em línguas (a sós), nos desenvolvendo no dom. Embora recebamos os dons perfeitos, nós, por sermos imperfeitos, precisamos nos desenvolver nos dons. Fazendo bom uso e valorizando o presente recebido, o Espírito nos presenteará com novos e perfeitos dons.
O Espírito nos usa como quer.
Em diversas reuniões de células tem acontecido de muitas pessoas, entre as quais me incluo, serem usadas conforme a necessidade do momento nos dons espirituais tais como: curas, conhecimento, profecia, fé, sabedoria, etc., e mesmo em ministrações de enchimento do Espírito Santo para outras pessoas. O Espírito distribui funções aos membros do corpo conforme a necessidade, pois os dons são dele.
Os dons não são privilégio de certas pessoas, são ferramentas capacitadoras à disposição de todos nas células para a realização completa do ministério de Jesus Cristo por nosso intermédio. Em nossas reuniões devemos pedir ao Senhor a capacitação que Ele nos quer dar (Mateus 7.11).
No Novo Testamento temos uma quantidade grande de dons e ministérios concedidos pelo Espírito Santos. Relacionamos alguns:- apóstolos, profetas, evangelistas, mestres, fé, operadores de milagres, dons de curar, socorros, governos ou administração, variedade de línguas, interpretação das línguas, visão, sabedoria, conhecimento, discernimentos de espíritos, celibato, exortação, libertação, contribuição (que não é o mesmo que dízimo), prestação de ajuda, hospitalidade, intercessão, conhecimento, liderança, misericórdia, missões, serviços, etc. Cada item ainda tem diversas subdivisões, de maneira que no corpo de Cristo sempre haverá lugares para todos.
A oração é a fonte de poder
A oração é a fonte de poder para as células. Não basta uma bela estrutura, é necessário o poder liberado através das nossas orações. As linhas a seguir foram copiadas da Apostila "O Ano de Transição", módulo I:-
"Felizmente, não há falta de poder no Reino de Deus. O mesmo poder que ressuscitou Jesus dos mortos também está à nossa disposição! Tudo que precisamos fazer é estar ligados a Ele".
Repetidas vezes nos Evangelhos e no livro de Atos, as Escrituras nos mostram que a presença e o poder miraculoso de Deus é revelado quando oramos.
Comentários no pequeno grupo.
Vamos agora orar pedindo a Deus os dons para usá-los de forma proveitosa em nossas reuniões de células.
Leitura inicial:- Romanos 12. 3 a 5 e 10.
O capítulo 12 da carta de Paulo aos irmãos de Roma "chamados para serem santos"(Rom. 1.7A) tem a linguagem clara de um texto dedicado a uma igreja caseira (célula). Esse texto tem uma aplicação profunda, principalmente a nós que vivemos a mesma visão dos irmãos a quem foram dirigidas aquelas palavras.
Os membros do corpo têm funções diferentes.
O corpo humano tem vários membros com funções, embora distintas, indispensáveis ao seu perfeito funcionamento. A célula igualmente tem vários membros todos diferentes uns dos outros. As funções de cada membro também diferem entre si. Damos abaixo, comparando a um corpo humano sadio, algumas funções da Igreja em células da qual você faz parte.
Cabeça = Cristo. Dele, através do Espírito Santo, procedem todas as ordens, planos, estratégias, poder e a salvação. Na cabeça estão: a boca que ingere o alimento e o nariz que leva o oxigênio para o corpo. Na cabeça está o capacete da salvação.
Pescoço e sistema nervoso = Membro onde se situa a distribuição dos nervos que recebem as ordens da cabeça e as transmitem ao tronco e demais membros do corpo. Este membro representa o corpo pastoral da Igreja que tem a responsabilidade principal de receber de Cristo e transmitir aos demais membros a visão recebida do Senhor. Está ligado diretamente à cabeça e ao tronco.
Tronco - É no tronco que se encontra a coluna vertebral que sustenta o corpo e protege o sistema nervoso. No tronco estão ainda os órgãos responsáveis pela transformação dos alimentos e envio aos membros: aparelho digestivo, respiratório e circulatório. Estes órgãos colocam no sangue os alimentos que vão nutrir todo o corpo e ainda através do mesmo sangue retirar todas as impurezas através dos órgãos excretores. No tronco também está o aparelho reprodutor. Na estrutura de uma Igreja em células, o tronco é formado pelas lideranças, através das quais novas vidas são geradas. O tronco deve se cingir com a verdade e se vestir da couraça da justiça.
Braços e mãos - São os membros destinados para o trabalho, para a guerra, para tocar outras pessoas, para abençoar, acariciar e principalmente para louvar e adorar a Deus. Na Igreja em células são os membros destinados em primeiro lugar a levar o louvor e a adoração a todas as partes da cidade e à luta contra as hostes inimigas empunhando o escudo da fé e a espada do Espírito. Com as mãos levamos o toque salvador de Jesus, curando, libertando e alimentando os carentes, e também o carinho da Igreja remida pelo sangue de Jesus. É com as mãos que escrevo este estudo, conforme me dá o Espírito de Jesus.
Coxas e pernas - Levam o corpo onde a cabeça manda. A Igreja também anda, não pode ficar parada, tem a responsabilidade de ir ao encontro dos pecadores, lá onde eles estão sedentos e famintos espiritualmente. Os pés devem ter calçados prontos a levar o evangelho da paz.
Todos temos uma função importante
Você, eu, nós fazemos parte desse corpo glorioso. Todos temos uma função importante que coopera com o perfeito funcionamento da Igreja de Cristo. Se um membro adoece, todo corpo humano sofre com ele, assim também é entre nós, se um membro deixa de fazer as suas funções, todos vamos sofrer as consequências.
Muitos poderão dizer que nada sabem fazer, que não têm capacidade. Se esse sentimento vem do coração, é um grande começo pois, o reconhecimento da pequenez possibilita-nos sermos usados pelo Senhor. Devemos saber que quando nos dispomos para o trabalho na obra através das células, o Espírito Santo nos suprirá e nos capacitará a cada dia. Os nossos irmãos, membros do mesmo corpo, nos incentivarão e nos ajudarão. Todos juntos, célula a célula, membro a membro, faremos a obra gloriosa e grandiosa na força do Senhor Nosso Deus.
Na célula todos devemos viver em comunhão, no amor fraternal de uns aos outros.
Comentários no pequeno grupo:-
Comente com o seu grupo o significado de uns aos outros do verso:- "Amai-vos cordialmente uns aos outros com o amor fraternal; preferindo-vos em honra uns aos outros". Romanos 12.10.
Adoração
Normalmente o momento de exaltação em nossas reuniões, tanto nos encontros de celebração, como nas reuniões das células, é iniciado com louvor e finalizado com adoração.
Louvor, em rápidas palavras, é a exaltação a Deus pelo que nos tem feito, é agradecimento. Pode ser tanto silencioso como barulhento, mas sempre envolvendo nossas emoções. Vide Salmos 126.2, Salmos 89.1, Êxodo 15.20 e 2 Samuel 6.14.
Adoração, também em rápidas palavras, é a exaltação, do nome de Deus por aquilo que Ele É (o nome Yaweh ou Jeová significa Eu Sou - Êxodo 3.14). É quando exteriorizamos todo o nosso amor por Ele em um momento de uma íntima e envolvente comunhão. Adoração é o reconhecimento da soberania do Senhor. Vide Salmos 95.6, Neemias 8.6 e Apocal. 11.16-17.
Deus habita no meio dos louvores
Os momentos de exaltação em nossas reuniões não são meramente para preencher o tempo, nem momentos de exaltações pessoais de músicos e cantores, longe disso, nós os dedicamos tão somente ao Deus Todo Poderoso (El Shadai). São instantes em que a santidade do Altíssimo se faz presente em nossos corações, fazendo-nos crescer em espiritualidade, preparando-nos para receber a edificação. Os não alcançados, são tocados e ficam maravilhados com o fato do Criador ser tão real para nós, com as grandes coisas que Ele tem feito e com o amor abundante com que o amamos.
A principal tarefa da Igreja é a de adorar a Deus
Nós fomos feitos especialmente para a adoração de Deus. A principal tarefa da Igreja é a de adorar a Deus, porque o amamos acima de todas as coisas, as demais coisas vêm em conseqüência da adoração.
Durante os momentos de exaltação é comum ocorrerem algumas manifestações dirigidas pelo Espírito do Senhor, destacamos algumas:-
Canção profética:- Pode aparecer em forma de cânticos espirituais.
Canção profética:- Pode aparecer em forma de cânticos espirituais.
Cura e ministrações:- Pessoas enfermas, aleijadas ou com problemas têm sido restauradas. O exemplo bíblico é quando Davi tocava sua harpa para afastar os espíritos que atormentavam o desobediente rei Saul.
Quebrantamento:- Momentos de quebrantamento têm se manifestado sobre pessoas ou congregações inteiras. Momentos solenes de humilhação e choro ou silêncio profundo.
Batalha espiritual:- Verdadeiras batalhas têm sido travadas nos momentos de exaltação. O inimigo não suporta o nosso louvor e adoração. Na Bíblia temos algumas passagens relatando a derrota de exércitos que marchavam contra o Povo de Deus simplesmente porque este se defendeu com louvores e adoração - 2 Crônicas 20.21,22, vide ainda Salmos 149. 6-9.
Liberação de dons espirituais:- Nós sabemos que Deus responde as nossas orações. Com o louvor esta resposta também ocorre, há a liberação dos dons, capacitando pessoas em novos ministérios e usando-as nas necessidades do grupo.
O ministério do louvor e adoração é eterno.
Praticamente todos os ministérios e dons cessarão na eternidade, quando receberemos os nossos galardões e as novas atividades celestiais, de acordo com a nossa fidelidade. O louvor e a adoração, no entanto, ocuparão um lugar de destaque na eternidade. No livro do Apocalipse, que é a revelação do final dos tempos, nós encontramos diversas vezes os anjos e os homens exaltando o nome de Deus e do Cordeiro. Vamos ler agora Apocalipse 7.9 a 12.
Conforme nós vimos, devemos viver uma vida de louvor e adoração ao nosso Pai celestial. Se a murmuração nos traz contendas e tristezas, vamos substituí-la de vez pela exaltação onde há a alegria e a paz da presença do Senhor. É certo que o louvor e a adoração são eternos, então vamos desde já desfrutar da eternidade exaltando o nome daquele que tanto nos amou.
Comentários no pequeno grupo:-
Como podemos crescer como uma comunidade de adoradores?
"E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de pregar Jesus, o Cristo." Atos dos Apóstolos 5.42.
Hoje nós não devemos mais ficar clamando por um novo avivamento. Estamos certos que o Senhor está nos dando, como Igreja de Jesus, algo muito maior. O Senhor está restaurando a sua Igreja, curando-a e abrindo nossa visão para a Sua obra no final dos tempos. Pouco tempo nos resta, ainda há bilhões de pessoas a serem salvas, pessoas que nunca ouviram o nome de Jesus.
Em nossa cidade e nação, que se dizem cristãs, mais de 85% de pessoas ainda não foram alcançadas. As estruturas das Igrejas Baseadas em Programas não permitirão alterar em muito esses números se continuarem como estão. Há cerca de 40 anos que ouço dizerem que Assis tem 10% de evangélicos. A Igreja precisar voltar a voar com as duas asas.
As duas asas.
As duas asas.
Tal qual uma ave, também a Igreja necessita de duas asas para voar. A primeira é a asa dos pequenos grupos caseiros, das células, chamada de asa comunitária. Esta asa trabalha no varejo alcançando as pessoas lá onde elas convivem umas com as outras no cotidiano.
A outra asa, igualmente importante, é chamada de asa da celebração, da reunião dos pequenos grupos no grande grupo da celebração semanal. Ela trabalha no atacado, nas grandes colheitas e os recém-nascidos são abrigados e alimentados no calor dos berços dos grupos caseiros. Ali aprendem a falar e a caminhar, recebem os cuidados ternos até se tornarem jovens aptos a serem também novos pais para cuidarem com carinho dos nossos netinhos.
As duas asas para alçarem grandes voos necessitam de uma perfeita harmonia. Durante cerca de 1.700 anos a Igreja tentou alçar voos com uma só asa, mas ficou girando em círculos. Mas, pela graça de Deus, hoje podemos novamente alcançar as alturas, as regiões celestiais propostas por Ele, pois as portas do inferno não nos resistem, e de lá libertamos os cativos e oprimidos para serem remidos pelo sangue do Cordeiro Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.
Vivendo a comunhão do primeiro amor.
Para o Senhor restaurar a sua Igreja, precisamos estudar a Igreja em seu início nos Atos dos Apóstolos e nas cartas pastorais escritas pelos apóstolos, tomando e trazendo para hoje o mesmo modelo de igreja. Até o século III aquelas igrejas não tinham templos e muitas outras coisas da "igreja moderna". Tinham, no entanto, uma característica que as levavam a um rápido crescimento:-
Cada casa uma igreja,
cada discípulo um ministro.
Reuniam-se em pequenos grupos que formavam as igrejas nos lares e contavam com grande comunhão e amor. Todos eram ministros e, mesmo sob perseguição, levavam o amor de Cristo ao maior número possível de pessoas.
Esta visão tem sido olhada nos últimos 50 anos com muito carinho por muitos pastores, verdadeiros apóstolos. Como resultado nós temos muitas igrejas alcançando rapidamente os não alcançados e crescendo de forma impressionante. Atualmente todas as Igrejas Evangélicas com mais de 20 mil discípulos são Igrejas em Células. Temos por exemplo em Seul, na Coréia do Sul, a maior Igreja local do mundo, a Igreja do Evangelho Pleno, com mais de 1 milhão de membros, nessa cidade se encontram as duas maiores Igrejas Presbiterianas e também a maior Igreja Metodista do mundo e uma Igreja Batista, todas com mais de 100 mil discípulos; na Costa do Marfim (África) temos uma Igreja Batista com mais de 150 mil discípulos; Em Bogotá, na Bolívia há a Comunidade Carismática Internacional com mais de 200 mil discípulos em Células, em El Salvador a Comunidade Elim com mais de 120 mil discípulos; e diversas outras mais em todos os continentes.
A visão das células também chegou a nós. Embora estejamos em transição, muitas vidas têm sido alcançadas, muitos líderes têm surgido. Nosso alvo maior é o implantar uma célula em cada quarteirão de nossa cidade até o ano de 2005, e enviar missionários para implantarem a visão em lugares e cidades desassistidas, além do treinamento constante de novos líderes.
O que são células.
As Células não são cópias de cultos, não são mais um programa da Igreja, são a sua própria vida.
As células têm as seguintes características básicas:-
São os pequenos grupos se reunido nos lares com um líder e um auxiliar coordenando e facilitando a participação de todos.
Grupos de comunhão, onde todos são conhecidos e valorizados.
Grupos de comunhão, onde todos são conhecidos e valorizados.
Grupos de exaltação, onde se louva e adora o nome do Senhor nosso Deus.
Grupos de edificação, onde se estuda a Palavra de Deus.
Grupos de evangelismo, onde todos se esforçam para trazer o seu oikós, pessoas do círculo de amizades, cumprindo a grande comissão.
Jesus disse "a seara na verdade é grande, mas os trabalhadores são poucos, rogai, pois, ao Senhor da seara que envie trabalhadores para a sua seara." (Mateus 9.37,38). Queridos, há muitas células para serem implantadas, faltam líderes, nós os convocamos para participarem do próximo curso de formação de líderes.
Em Cristo,
Pr. Ivo Gomes do Prado - Assis (SP)