domingo, 12 de julho de 2020

ESTUDO PARA FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS DE IGREJAS EM CÉLULAS - SALVAÇÃO.


01 - Salvação

O homem foi feito para a vida
Deus, no princípio da criação, no sexto dia, após ter criado todas as coisas simplesmente pela sua palavra, cria o homem com suas própria mãos, soprando-lhe nas narinas o espírito da vida. De toda a criação o mais belo, o melhor, o principal foi o ser humano. Criado para dominar sobre todas as coisas na face da terra (Gên. 1.28, Salmo 115.16) e para ter comunhão com o Criador. O homem foi criado à semelhança de Deus, tendo corpo, alma e espírito, sendo criado para reinar sobre a terra e nela viver eternamente em comunhão plena como o Senhor Deus.

Pecado e queda.
Sendo à semelhança do Criador, o homem não era um ser programado. Podia ter sua vontade própria e capacidade de decisão, podia exercer o direito de escolher até entre o bem e o mal. Infelizmente, em Adão e Eva, todos nós escolhemos o mal, o pecado. Satanás possuiu o corpo da serpente (foi a primeira sessão espírita), tentou a mulher, dizendo que se comesse do fruto do conhecimento do bem e do mal seria igual a Deus. Esse foi o pecado de Satanás, querer ser igual a Deus, esse também foi o pecado da mulher e de toda a humanidade, querer ser como Deus. Após ser enganada, Eva levou Adão ao mesmo engano. Nasce aí o espírito de Jezabel (I Reis 19.1-2, Apocalipse 2.20). Por causa dessa escolha, o homem que caminhava para a vida, passou a andar em caminhos opostos a Deus, caminhos esses que levam à perdição e morte eterna (Romanos 3.23).

Tentativas do homem se voltar para Deus
Após a queda, o homem tem feito várias tentativas de voltar ao caminho da vida. O primeiro ato de Adão e Eva foi de costurarem uma roupa com folhas para esconderem a nudez diante do Senhor que os visitava diariamente na viração do dia (por do sol). Deus,  então sacrifica um animal inocente e das suas peles faz-lhes vestes, simbolizando o sacrifício de Jesus Cristo, através do qual recebemos as vestes para nos apresentar diante do Deus santo. Hoje muitos se auto flagelam, tentando através de sofrimentos, carmas, e sacrifícios, a purificação para se apresentarem diante de Deus. Outros fazem boas obras, outros seguem rituais religiosos. Entretanto, todas as tentativas humanas têm fracassado.

Providência divina
Deus já sabia que o homem seria impotente para se salvar, por isso, em seu infinito amor, providencia para a humanidade o meio, o único meio, para a salvação. Jesus Cristo, o Verbo eterno, se fez carne e habitou entre nós, fazendo-se homem (João 1.14). Só o amor de Deus para com a humanidade poderia nos providenciar a salvação (João 3.16). Jesus veio em carne e como homem viveu entre nós, sendo rejeitado, e como o mais desprezado dos homens, tomou sobre si as nossas dores e maldições e as levou (Isaías 53. 3 a 6). Fez-se maldito ao ser pendurado na cruz, onde entregou sua vida para a nossa redenção. Jesus nos providenciou o sozo, palavra grega que é traduzida ora por cura, ora por salvação. Na verdade significa a cura do corpo, a libertação da alma e a salvação do espírito. A obra de Jesus Cristo foi completa.

O homem pode receber ou rejeitar a salvação
A humanidade continua com o direito de livre escolha podendo optar entre receber a Jesus ou continuar caminhando para a morte eterna. O homem, ao ouvir a Palavra de Salvação, em seu coração é criada a fé (Rom. 10.17), passa a crer e com a boca confessar a Jesus Cristo como o Senhor. Experimentamos Jesus Cristo e Ele é muito mais do que aquele que nos cura, nos liberta e nos salva, Ele é o nosso Senhor. O nosso espírito, que estava separado de Deus, portanto morto espiritualmente, é recriado, e nele satanás não tem o direito de tocar. Recebemos a vida, a salvação eterna. João 3.36.

Comentários no pequeno grupo


Vão ser 
formados grupos de três pessoas que permanecerão até o final do curso.
Assunto para o exercício:- Explique para a pessoa que está à sua esquerda o diagrama de João 3.16 (o plano de salvação).Resultado de imagem para DIAGRAMA DE JOÃO 3.16

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

UMA REFLEXÃO DE IGREJA EM CÉLULAS



Igreja em Células - O Povo Que Se Importa
Encontro:- (Quebra-gelo) - Cada pessoa deve falar:- Os melhores anos de minha vida estão no passado, no presente ou no futuro?
Exaltação:- Salmo 117:- “Louvai ao Senhor vós todos os gentios, lou­vai-o todos os povos. Porque mui grande é a sua misericórdia para co­nosco e a fidelidade do Senhor subsiste para sempre. Aleluia!”.  
Exal­temos a misericórdia e a fidelidade do Senhor com cânticos, palavras e ora­ções de exaltação. É hora de usarmos nossos dons espirituais para proveito de todos participantes desta igreja caseira.
Edificação:- No culto de celebração, o pastor Moacir nos falou de JUSTIÇA, em continuação ao assunto iniciado no domingo anterior. Deus mede a nossa conduta através do seu padrão de justiça (Isaías 26.7). Para exercermos justiça necessitamos temer a Deus. Vamos ler a Palavra em I Pedro 1. 13 a 19. Com base nessa Palavra vamos todos comentar as per­guntas abaixo:-
1. Verso 14 - As paixões do passado podem servir de molde para a nossa vida?
2. Versos 15 e 16 - O Cristianismo exige um padrão de vida, de justiça e santidade, para isso temos recebido da graça de Jesus em nossos cora­ções. Qual deve ser o nosso padrão de santidade?
3. Versos 18 e 19 - Quando uma pessoa é sequestrada, os bandidos exi­gem quantias em dinheiro para o resgate. Nós estávamos prisioneiros de satanás, o nosso dinheiro (ouro e prata) poderia pagar o preço do nosso resgate, da nossa libertação?
4. Alguma coisa tem impedido você de assumir um compromisso com Jesus? Agora é hora de amarrarmos todo sentimento de tristeza, enfer­midade, lembranças más do passado. Vamos nos livrar desses males, colocando-os agora em oração na cruz onde Jesus Cristo levou as nos­sas maldições.
Evangelismo:- Estamos felizes com Jesus? É hora de repartirmos essa felicidade com os nossos queridos. Vamos orar por eles que foram ou estão sendo colocados em nossa relação do OIKÓS (parentes e amigos).
No domingo às 19,30 horas participe do culto de celebração,


se possível, levando mais uma pessoa






terça-feira, 21 de janeiro de 2020

CÉLULAS SOBREVIVEM ÀS PIORES PERSEGUIÇÕES. Cristão lidera igreja subterrânea após anos com sua fé em segredo, na Coreia do Norte



Young-Sik hoje é apoiado pela Missão Portas Abertas (EUA) e é um parceiro da organização na Coreia do Norte.


fonte: Guiame, com informações da Portas Abertas (EUA)
Atualizado: Terça-feira, 21 Janeiro de 2020 as 10:04



Cristãos precisam se reunir em locais secretos na Coreia do Norte. (Foto: World Help)
Cristãos precisam se reunir em locais secretos na Coreia do Norte. (Foto: World Help)



Desde que havia se convertido, o jovem norte-coreano Young-Sik vinha mantendo segredo sobre sua fé em Jesus. Afinal, ser cristão ou até mesmo amigo de um cristão e não delatá-lo pode ser considerado um crime, que pode chegar a ser punido com tortura ou execução na Coreia do Norte.

Certa vez, o rapaz chegou a suplicar em oração, perguntando a Deus até quando ele teria que viver daquela forma, escondendo sobre sua fé.

"Oh, doce Jesus, quanto tempo ainda vou precisar viver assim?", suplicou ele.

Young-Sik não fazia ideia de que alguém tinha ouvido a oração que ele apenas sussurrou para não ser descoberto. O jovem sabia que bastava um movimento errado para expor sua fé cristã. Isso poderia significar uma sentença de prisão perpétua em um dos campos de prisioneiros que ele ouviu sobre toda a sua vida ou até a morte.

Mas alguém ouviu a oração de Young-Sik. Byung-Chul, um senhor mais velho que também trabalhava no campo, não podia acreditar no que estava ouvindo.

“Este jovem orou a Jesus? Seria ele ser um crente secreto?”, se questionou aquele senhor.

Devagar e silenciosamente, Byung-Chul se aproximou de Young-Sik, certificando-se de que ninguém estava por perto para ouvir. Quando ele estava ao lado do jovem, gentilmente segurou o pulso de Young-Sik e fez o sinal de uma cruz na palma de sua mão, esperando que o rapaz reconhecesse o símbolo invisível. Mas Young-Sik não entendeu.

Byung-Chul, então decidiu esperar por outra oportunidade para se revelar como um "irmão em Cristo".

O momento chegou mais cedo do que o esperado. No dia seguinte, Young-sik saiu novamente ao mesmo campo para procurar comida. Byung-Chul o viu novamente e caminhou por perto, cantarolando uma melodia de um velho hino cristão. Young-Sik lembra-se claramente daquele dia.

"No começo, eu estava tão assustado!", disse o rapaz. “Olhei ao redor do campo para garantir que ninguém estivesse lá. Então, ouvi um hino que aprendi anos atrás. Eu olhei para o rosto de Byung-Chul e ele estava tão esperançoso. Eu pude perceber que ele estava cantarolando a melodia propositalmente perto de mim, para eu perceber esse sinal dele”.

Eles tinham que ter cuidado, certificando-se de que não havia ninguém por perto. Cautelosamente, cada homem sussurrou alguns detalhes de suas origens por alguns breves momentos.

"A alegria que experimentei foi incrível", disse Young-Sik. “Foi um momento espiritual para nós. Eu havia encontrado um companheiro espiritual neste lugar infernal. Agora havia esperança”.

O homem mais velho convidou seu novo irmão em Cristo para a próxima reunião da igreja subterrânea na remota vila. Aquela era a primeira vez que Young-Sik se reunia com outros crentes em anos de convertido.

"Foi uma experiência tão maravilhosa que provou o quão fiel Jesus é", diz ele. "A ansiedade e a depressão se foram e orações esperançosas estavam em meus lábios."

Servir o povo de Deus incondicionalmente
 
Young-Sik tem lembranças vívidas de como a vida era infeliz antes de conhecer Byung-Chul. O governo norte-coreano o enviou a essa área remota sem sua família (sem motivo aparente conhecido por ele). Ele estava sozinho, isolado.

Ele se lembra de como os dias pareciam se arrastar, cada um começando com uma busca inútil em campos áridos por algo para comer; até mesmo pedaços de grãos eram difíceis de encontrar. Se ele tivesse sorte, encontraria alguns grãos de milho ou vegetais como pepinos. Procurar comida durante o dia poderia levar horas. Depois, havia o dia de trabalho regular que todos os norte-coreanos são forçados a executar.

Os invernos foram os piores. O solo congelado e as temperaturas de -6°C apenas reforçavam sua solidão. Ele também viu o que o frio trouxe para aqueles ainda menos afortunados que ele. Quase todas as manhãs, ele saía para ver os kotjebis (crianças de rua sem-teto) a alguns quarteirões de distância de onde ele morava e lhes dar alguma atenção e talvez compartilhar alguma comida com eles.

Young-Sik logo descobriu que Byung-Chul também tinha um coração voltado para servir aos outros. Ele estava cuidando de várias famílias na vila. Aquele senhor tinha habilidades médicas e costumava usa-las para ajudar outras famílias gratuitamente.

Discipulando crentes secretos

Por décadas, Byung-Chul desempenhou um papel de líder espiritual para muitos. A igreja subterrânea nesta vila remota cresceu, graças ao seu trabalho evangelístico, diz Young-Sik. Ele serviu ao Senhor, servindo aos outros neste lugar desolado. Mesmo quando teve a inesperada oportunidade de sair, Byung-Chull ficou.

"Um dia, um alto funcionário visitou a casa de Byung-chul", diz Young-Sik. “Ele pediu seu conselho médico sobre a doença de alguém de uma posição superior. Byung-chul achou que essa era uma oportunidade especial de Deus. Ele rapidamente orou para si mesmo, foi com o guarda e tratou cuidadosamente o homem. Quando ele estava bem, o homem ofereceu a Byung-Chul a oportunidade de se mudar para um centro da cidade e aumentar seu nível de identidade. ”

Mas, em vez disso, Byung-Chul transmitiu o favor a uma das crianças de rua que Young-Sik estava cuidando e ajudando a sobreviver. Algumas semanas depois, a criança foi enviada a uma cidade grande, para ter uma educação muito melhor e uma vida melhor.

"Byung-Chul estava muito convencido de sua própria vocação", diz Young-Sik. "Ele nunca teria deixado a vila e os irmãos que ele cuidou."

Enquanto ele e Young-Sik continuavam a se encontrar, os dois homens fortaleceram sua amizade e relacionamento com Deus. E, como o apóstolo Paulo treinou o jovem Timóteo, Byung-Chul discipulou e treinou Young-Sik para um dia tomar seu lugar como líder espiritual da vila.

Esse dia chegou recentemente. Byung-Chul faleceu pacificamente. Antes de sua morte, ele orou, abençoando Young-Sik, um momento que o jovem nunca esquecerá. Para ele, aquele foi o momento em que ele percebeu que Deus havia orquestrado seus passos desde o primeiro dia para levar Seu evangelho às pessoas que precisavam ouvir sobre Jesus.

“Quando ele me abençoou como o novo líder, esse foi outro momento alegre e espiritualmente significativo”, diz Young-Sik. "Mas não é apenas pelo papel que me foi dado; é também o meu chamado. Eu sei que servirei ao Senhor até minha morte nesta vila. Foi aqui que Deus me colocou, não o governo. Byung-Chul sempre dizia: 'Se eu moro aqui, morarei aqui. Se eu morrer, vou morrer aqui. "

Hoje, Young-Sik relembra o dia em que conheceu Byung-Chul. Como em campos áridos, Deus usou uma oração quase inaudível e dois homens fiéis para cultivar e multiplicar uma colheita que ele nunca poderia ter imaginado. Uma igreja secreta que ele nunca imaginou poder vir de circunstâncias aparentemente abandonadas por Deus.

Como um de nossos membros da equipe de campo do Portas Abertas, Young-Sik diz: "A vida cristã na Coreia do Norte está além da imaginação de todos, mas todos oramos para que Deus seja fiel".


https://guiame.com.br/gospel/missoes-acao-social/cristao-lidera-igreja-subterranea-apos-anos-com-sua-fe-em-segredo-na-coreia-do-norte.html?fbclid=IwAR3mjwxHowmRpHUZzajmdtDfhXN3OtMwT2Rpf-_zkbMBdr7tA_IV45z-1c4

terça-feira, 14 de novembro de 2017

APOSTILA DE IGREJA EM PEQUENOS GRUPOS

APOSTILA DE IGREJA EM PEQUENOS GRUPOS
Primeira Edição – 07/1997
Segunda edição – 03/2000-
Autor:- Ivo Gomes do Prado – Pastor de Área
Vivendo a Comunhão do Primeiro amor.
Atos 5.42 E todos os dias, no templo e de casa em casa, não
cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo.
À Igreja da atualidade o Senhor fala as mesmas palavras proferidas à Igreja
de Éfeso, exortando-a à volta do primeiro amor. Aquele mesmo fervor
religioso que a levou em seus dois primeiros anos de vida a falar da
mensagem libertadora do Senhorio de Cristo não apenas a Éfeso, mas
também, a toda a província da Ásia (Ásia menor). O Senhor quer que a
Igreja use as mesmas estratégias usadas pela Igreja em seus princípios.
"Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas".
O apóstolo Paulo tinha muitas preocupações com o trabalho iniciado a partir
de Éfeso, tanto que em seus últimos dias de vida escreve ao seu amado filho
na fé Timóteo, que se encontrava nessa cidade, exortando-o em muitas
coisas, entre as quais:- "torno a lembrar-lhe que mantenha viva a chama do
dom de Deus que está em você mediante a imposição de minhas mãos".
Reacenda o fogo Timóteo, reacenda o fogo povo de Deus, não deixemos a
tocha se apagar.
Havemos de enfrentar muitas oposições nestes tempos finais. Muito em
breve podemos ser proibidos de nos reunir em templos, tempos que teremos
se reunir em casas e, muitas vezes, às escondidas. As Igrejas que não se
prepararem com um programa de pequenos grupos estarão fadadas a
desaparecerem, perdendo a sua membresia para aquelas que se
prepararam. Serão tempos de aflição, mas também serão tempos da "volta
ao primeiro amor", da maior das colheitas de almas que o mundo já assistiu.
Serão tempos de preparação da noiva para a volta do Noivo, serão tempos
de Filadélfia.
I. INTRODUÇÃO
As duas asas
Tal qual uma ave, também a Igreja necessita de duas asas para voar. A primeira é a asa
dos pequenos grupos caseiros, dos grupos familiares, chamada de asa comunitária. Esta
asa trabalha no varejo alcançando as pessoas lá onde elas convivem umas com as
outras.
A outra asa, igualmente importante, é chamada de asa da celebração, da reunião dos
pequenos grupos no grande grupo da celebração semanal. Ela trabalha no atacado, nas
grandes colheitas. Os recém-nascidos são abrigados e amamentados no calor dos berços
dos grupos caseiros. Ali aprendem a falar e a caminhar, recebem os cuidados ternos até
se tornarem jovens aptos a serem também novos pais para cuidarem com carinho dos
nossos netinhos.
As duas asas para alçarem grandes voos necessitam de uma perfeita harmonia.
Durante cerca de 1.700 anos a Igreja tentou alçar voos com uma só asa, mas ficou
girando em círculos. Mas pela graça de Deus, hoje podemos novamente alcançar as
alturas, as regiões celestiais propostas por Ele, pois as portas do inferno não nos
resistem, de lá libertamos os cativos e oprimidos para serem remidos pelo sangue do
Cordeiro, Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador.
Trabalhos de impacto
Todo servo de Deus, realmente chamado e comissionado para trabalhar na sua seara,
tem o desejo ardente de ver o crescimento do Reino através de vidas ganhas,
arrebatadas das mãos de Satanás. Para isso muitos trabalhos de impacto têm sido
realizados, grandes séries de conferências com "pregadores famosos", distribuição farta
de literaturas, campanhas e mais campanhas visando ganhar um grande número de
almas em duas ou três noites. A avaliação dos resultados feita no calor dos
acontecimentos tem gerado resultados aparentemente expressivos. Grande número de
pessoas atende os "apelos" do pregador. Após algum tempo, verifica-se que a primeira
avaliação não correspondia à realidade final. O número daqueles que permaneceram
fiéis, mantendo um compromisso sério com Cristo, é pequeno. Temos observado serem
quase sempre as mesmas pessoas que vão à frente na hora dos apelos e isso nas
diversas Igrejas de uma mesma cidade. Já se estimou a percentagem em menos de 5%
dos frutos reais desses trabalhos de massa, às vezes um pouco melhorada com trabalhos
de discipulado nos lares.
Trabalhos em massa e grandes campanhas têm o seu valor, como teve no dia de
Pentecostes quando cerca de 3.000 almas foram alcançadas, permanecendo fiéis com
números próximos a 100%. Havia algo de muito especial que a grande maioria das Igrejas
hoje não coloca em prática, algo esse verificado no ministério de Jesus.
O impressionante crescimento inicial da Igreja.
Em tudo o Senhor Jesus foi exemplo para nós nos 3,5 anos de seu ministério terreno.
Ele mesmo liderou um pequeno grupo com 12 homens do povo, ensinando-os e
passando com eles a maior parte do tempo de seu ministério terreno. Havia comunhão
naquele pequeno grupo, os problemas que surgiam eram expostos e resolvidos, havia
transparência entre eles. Os doze não aprendiam na base da teoria, experimentavam na
prática as lições do dia a dia. Esse pequeno grupo foi o primeira pequeno grupo
(protótipo). Além dos doze, muitas outras pessoas foram alcançadas e esse número
chegou a cerca de quinhentos irmãos (I Cor. 15.6),
Os judeus já estavam preparados, pois tinham ouvido os ensinamentos, visto os sinais e
maravilhas operadas pelo Mestre, estavam evangelizados. Deste modo vemos os 3.000
do Pentecostes como uma grande colheita operada por homens cheios do mesmo
Espírito que habitou em Jesus.
O prosseguimento dessa obra resulta em uma Igreja constituída essencialmente de
pequenos grupos. Reuniam-se nas casas e no templo dos judeus (Atos 2.46 e 5.42)
Em tempos de perseguição dos líderes judaicos a princípio e do império romano depois,
foi praticamente impossível aos cristãos se reunirem em massa, em grandes
ajuntamentos. Cremos que em certas ocasiões isso acontecia, quando das visitas de
Paulo, dos apóstolos e outros líderes, por exemplo. No cotidiano se reuniam apenas em
lares, quase sempre às escondidas, sendo perseguidos, servindo de espetáculo nos
circos romanos, vivendo nas catacumbas, florestas e lugares ocultos. Mas a Igreja crescia
em números impressionantes, tanto que o próprio império romano aparentemente foi
obrigado a se curvar ao cristianismo. Aí satanás mudou sua estratégia contra a obra
redentora de Jesus.
O império romano curva-se ao Cristianismo, ou foi o inverso?
Só nos tempos de Constantino, imperador de Roma, no século III DC é que os templos
vão ser construídos em todo o Império Romano. Pouco a pouco as festas, costumes e
deuses pagãos foram "cristianizados" tornando-se o "cristianismo" religião oficial do
império. A partir daí novas práticas de culto foram introduzidas e a igreja "romanizada", foi
perdendo a cada dia as suas características neotestamentárias. São criados o clero e as
liturgias, já não era a mesma Igreja de Jerusalém. Surge aí a "Igreja Romana".
Nos dias em que a Igreja chamada "cristã" perde sua verdadeira identidade,
prostituindo-se com os ídolos e práticas greco-romanas (Idade Média), os pequenos
grupos ainda são encontrados através da história (montanistas, valdenses, lolardos,
anabatistas, e outros), permanecendo fiéis, embora marginalizados, e agora perseguidos
não apenas pelo Império, mas também pela religião oficial e seu clero. Reuniam-se em
montanhas, florestas e cavernas onde muitos viviam perseguidos, massacrados e
aniquilados, "homens dos quais o mundo não era digno". Não se curvaram a homens,
preferindo antes obedecer a Deus.
A reforma começa com pequenos grupos
A reforma religiosa iniciada por Martinho Lutero e prosseguida por outros reformadores
começa com pequenos grupos nos lares. O próprio Lutero disse:- "Para você crescer na
fé, você deve participar de um grupo pequeno". Os pietistas, um grupo luterano, reúne-se
até hoje em pequenos grupos. Wesley também inicia o metodismo em reuniões caseiras.
As Igrejas reformadas, entretanto logo se agruparam em templos onde praticamente
todas as reuniões passaram a se realizar. Não conseguiram livrar-se de algumas
tradições da Igreja Romana.
Os pequenos grupos sobrevivem ao comunismo.
Ainda na antiga União Soviética (Rússia, Polônia, Hungria, Letônia, etc.) e até hoje na
China, com a proibição de reuniões religiosas pelo regime comunista, os crentes se
reuniam nos porões das casas em pequenos grupos (Igrejas Caseiras ou "a Igreja
Subterrânea"). Hoje a China, mesmo sob o comunismo, é o país de maior crescimento
numérico do evangelho apenas e tão somente através das Igrejas Caseiras. Estima-se o
número de evangélicos em 150 milhões, número parecido com a população de nosso
país.
Atualmente podemos voltar a crescer rapidamente.
No presente século, principalmente após os anos 50, muitos líderes preocupados com o
crescimento real do reino de Deus, passaram a estudar, sob a orientação do Espírito
Santo, com mais carinho a Igreja em seu início neotestamentário para conhecerem o
segredo de seu rápido crescimento.
Jerusalém alguns anos antes de sua destruição pelo império romano no ano 70 contava
com cerca de 50% de sua população convertida (quando da destruição os cristãos já
haviam saído de Jerusalém), e em toda a Judeia havia então cerca de 100.000 cristãos.
Antes do final do primeiro século praticamente todo o mundo conhecido já tinha ouvido o
evangelho. Convém lembrar que os meios de comunicação e locomoção eram muito
precários quando comparados com os nossos atuais. Também não existiam seminários
teológicos, aprendia-se na prática do dia a dia, o barulho era extremamente controlado,
nem mesmo contavam com o Novo-Testamento (os evangelhos e as cartas foram
endereçados às Igrejas-Caseiras ou a seus líderes). Hoje nós temos tudo isso e é claro
que devemos usá-los enquanto podemos. No entanto, a Igreja-Iniciante reunindo-se em
lares gozava da comunhão do primeiro amor, do poder do Espírito Santo e da compaixão
pelas almas perdidas, e isto fazia e faz até hoje a diferença.
O tempo dos "grandes servos" de Deus, das "estrelas", dos "chefões" e "gurus", já era.
Temos presenciado os movimentos liderados por "grandes evangelistas" fracassarem,
não se achando os seus frutos reais. O verdadeiro evangelista é aquele que vai de casa
em casa, de pessoa em pessoa, individualmente, levando o evangelho de Jesus Cristo
com a mensagem de salvação e libertação.
. Jesus continua a dizer: "A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Peçam,
pois ao Senhor da seara que envie trabalhadores para a sua seara" (NVI - Mateus 9.37 e
38). Além de rogarmos, nós devemos dar oportunidades reais para que os ceifeiros
trabalhando colham frutos em abundância na seara do Mestre.
É tempo de servos do grande DEUS, SENHOR de nossas vidas, a quem toda honra,
glória e louvor para todo sempre, Amém!
II. TRABALHANDO COM NÚMEROS
O jornal Folha de São Paulo publicou em 02/03/98, em reportagem sobre os planos de
atuação dos evangélicos na "Copa da França", os números dos evangélicos naquele
país:- Atualmente conta com cerca de 950 mil evangélicos, número esse próximo ao
apresentado no ano de 1670 de 882.000 evangélicos. A revista Vinde de junho/98 mostra
cenas que nos fazem chorar:- a da venda de antigos templos evangélicos na Inglaterra
para outras religiões, por falta absoluta de frequentadores. Isso mostra uma apatia muito
grande e a necessidade de um avivamento com mudança de métodos e a volta à
comunhão do primeiro amor.
Monte um quadro com o crescimento de sua Igreja local nos cinco últimos anos:-
MEMBROS NOVOS (só batismos) EXCLUÍDOS TT FINAL DO ANO
2006 - - -
2007 - - -
2008 - - -
2009 - - -
2011 Número de membros atuais
Do total final apresentado no último ano deduza todos os membros que não têm
comunhão efetiva com a Igreja e não são compromissados com Cristo. Após essa
atualização calcule o crescimento percentual nos últimos 05 anos. Agora se pergunte:-
Esse crescimento tem agradado a Deus? Está dentro dos padrões neotestamentários?
Muitas Igrejas, incapazes de gerar novas ovelhas, têm seu crescimento baseado em
"pescar no aquário" de outras Igrejas. Isso na verdade não representa crescimento do
Reino de Deus. Outras têm sua ênfase apenas na "qualidade", esquecendo-se que
biblicamente qualidade sempre se reverte em quantidade. A quantidade bem trabalhada,
instruída na Palavra e treinada , logo se torna qualidade que dá frutos em abundância. Na
realidade, o que gera frutos é a santidade, conforme diz o verso abaixo:
Atos 2.47 B - “E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos.”
III. AS IGREJAS EM PEQUENOS GRUPOS NA ÉPOCA ATUAL
Relacionamos algumas Igrejas em pequenos grupos que são do nosso conhecimento. Os
números de membros-discípulos das mesmas certamente já se encontram desatualizados
face ao grande crescimento.
David Young Cho - Seul - Coréia do Sul
A maior divulgação de Igreja em grupos pequeno no presente século nos vem de Seul,
capital da Coréia do Sul, onde o Pastor David (Paul) Young Cho implantou no ano de
1964 o sistema de reuniões nos lares denominando-os de Grupos Familiares. Seu rol de
membros era composto de cerca de 2.400 membros. Seu crescimento foi impressionante,
conforme os dados que compilamos abaixo:-
Em 1964 contavam com 2.400 membros
Em 1972 passaram para 18.000 membros
Em 1980 já eram 150.000 membros
Em 1982 atingiram 300.000 membros
Em 1993 chegaram a 700.000 membros com 51.000 líderes
Atualmente já passam de 1.000.000 membros
Essa Igreja e seu pastor trabalham com alvos, sempre arrojados colocados em oração
diante do Senhor que os tem honrado em sua fé e trabalho. O Pastor Cho escreve em seu
livro Oração Eficaz, pág 54:- "Não temos grandes festas nem grandes concentrações
evangelísticas para ganhar almas, mas de modo muito silencioso, almas estão sendo
salvas todos os dias. A mesma obra pode ser realizada em qualquer lugar do mundo
inteiro".
Em entrevista concedida à revista Videira do mês de fevereiro/2000, respondendo a
pergunta: "Quais são os objetivos da Igreja do Evangelho Pleno de Yoido? Há intenção de
conquistar todos os países asiáticos?" o Pastor Cho respondeu: "O nosso alvo para o
próximo milênio é plantar de quinhentas a cinco mil igrejas locais na Coreia, todas no
modelo de grupos familiares. Nós iremos fazer o melhor para compartilhar as bênçãos de
Deus na Ásia e pelo mundo afora". A Igreja do Evangelho Pleno faz parte das
Assembléias de Deus.
Nesse país muitas Igrejas de diversas denominações também têm adotado o
movimento de Igreja em pequenos grupos, o que tem elevado o número de evangélicos
na capital Seul a quase 50% dos habitantes e na Coreia a mais de 40%. Hoje, as duas
maiores Igrejas Presbiterianas do mundo, juntamente com a maior Congregação
Metodista do mundo, são Igrejas em pequenos grupos na cidade de Seul, além de outra
da Assembleia de Deus e uma Batista, todas com mais de 80.000 membros.
Ralph W. Neighbour Jr.
O pastor Ralph certamente é um apóstolo de Cristo em nossos dias. Totalmente
desiludido com a estrutura da Igreja tradicional onde as Igrejas viviam estagnadas e
pouco atingiam o mundo descrente, recebeu o chamado do Senhor para uma obra
especial e não hesitou em cumpri-lo, embora houvesse um preço a ser pago. Ele se
lançou na experiência pioneira de começar um tipo de Igreja diferente em Houston, Texas.
Não sabia que os mesmos métodos e estruturas estavam sendo elaborados e usados em
outras Igrejas ao redor do mundo, ainda não sabia que a maior Igreja da história cristã
estava se iniciando nos arredores de Seul, Coreia do Sul. Embora tenha passado alguns
anos tentando reformar as velhas estruturas, baseadas mais no estilo do Velho
Testamento do que do Novo, chegou à conclusão de ser isso impossível. Jesus já dissera
que "não se põe vinho novo em odres velhos". A Igreja estagnada precisa primeiro trocar
os odres velhos por novos. As estruturas baseadas em homens e programas precisavam
ser trocadas pela estrutura dos odres novos deixada por Jesus.
Dr. Ralph tem liderado o movimento de Igrejas em s ao redor do mundo, tendo
elaborado juntamente com diversos obreiros e Igrejas as bases atuais das Igrejas em
pequenos grupos. Tem divulgado essa mensagem em conferências pelo mundo todo e
também através de várias literaturas.
Além de liderar o movimento de Igrejas em pequenos grupos nos Estados Unidos e em
diversos países, tem-no implantado em várias nações não alcançadas. Com tantas
atividades, ainda realiza evangelismo pessoal, não só em sua cidade, mas também onde
realiza as conferências no mundo todo. O Dr. Ralph é pastor batista.
Costa do Marfim
Também no continente africano, na Costa do Marfim a Primeira Igreja Batista da capital
(Igreja local) liderada pelo pastor Dion Robert que através de Igreja em s conta com mais
de 150.000 membros, influenciando e abençoando aquela nação.
Cingapura
No ano de 1997 pudemos assistir na cidade de Londrina (PR) o pastor Lawrence Khong
falando sobre o crescimento explosivo da Igreja Batista Comunidade da Fé em Cingapura.
Caminham na bênção do Senhor para o alvo de um grupo familar em cada quarteirão da
cidade/nação. Cingapura é composta de muitos condomínios verticais.
Cingapura é uma ilha de apenas 641 km2;. Situada ao sul da Malásia no mar da China
com uma população de 3,4 milhões de habitantes na sua maioria de origem chinesa, o
dioma predominante é o inglês e o PIB um dos mais altos do mundo.
Essa Igreja tem implantado várias grupos familiares em países como a Rússia, Hong
Kong, Taiwan, Cazaquistão, China, Indonésia, Filipinas e outras regiões dentro da "janela
10/40". O próprio pastor Khong nos disse que estaria deixando em breve a direção da
Igreja local para dedicar-se à tarefa de implantar Igrejas em grupos familiares em países
não alcançados.
China
Ainda na China, país até hoje comunista, onde o evangelho além de proibido é
perseguido, conta com um número muito grande de Igrejas em s que subsistem na
marginalidade. Os números estatísticos são impossíveis de serem obtidos, no entanto, as
informações dão conta de um crescimento impressionante, o maior crescimento numérico
da Igreja em toda a sua história. O Pr. Bem Wong, de Hong Kon, na China, em entrevista
à Revista Videira de agosto de 2000, disse que na China Continental (Comunista) cerca
de 10% da população, ou 150 milhões de pessoas eram evangélicas. Essa percentagem
há muito foi ultrapassada de acordo com as últimas informações.
Os cristãos chineses não contam com Igrejas constituídas, com seminários ou
ministérios regulares como nós conhecemos. Pouquíssimas pessoas têm um exemplar da
Bíblia, cuja impressão e venda são proibidas. Muitos têm algumas páginas ou cópias à
mão de partes do texto bíblico. Mesmo assim são fiéis, obedecendo ao mandado de
Deus, tendo o poder do Espírito Santo no dia a dia de suas vidas. Contam com as Igrejas
em grupos familiares que sobrevivem até as mais terríveis perseguições.
Bogotá
A cidade de Bogotá na Colômbia foi abalada por uma Igreja em células (Igreja local),
dirigida pelo Pr. César Castellanos Domingues que em cerca de 25 mil s onde se reúnem
mais de 250 mil pessoas alcançadas pelo amor do Senhor Jesus Cristo. Essa Igreja era
composta há alguns anos por 300 membros. O pastor Castellanos trabalha no Modelo dos
12. Deixamos de dar mais informações sobre esse ministério em virtude das muitas
dissenções e divisões havidas, de modo semelhante a que esse modelo experimentou no
Brasil. No Brasil o M-12 dividiu-se em vários segmentos devido às divisões de suas
lideranças que resultou no fracassado G-12 instituído pelo Pr. Renê Terra Nova do MIR
em Manaus. Terranova se auto proclamou como apóstolo, pai-apóstolo e patriarca.
Também diversos outros líderes seus foram ordenados apóstolos e apóstolas. O que se
apresentava como sendo muito bom a princípio, devido à ganância de muitas lideranças
acabou sendo prejudicando o trabalho de pequenos grupos tanto em nosso país, como
em toda a América Latina. Eu acompanhei de muito de perto esse movimento, me
entristeço com a grande decepção que experimentei com esses líderes relacionados.
El Salvador
A Missão Elim iniciou em 1977, quando o pastor Sérgio Solorzano foi chamado da
Guatemala para iniciar um trabalho em San Salvador junto com outros nove irmãos e
irmãs. Em sete anos, a igreja cresceu para três mil membros, usando a estrutura
tradicional da igreja. Em 1985, Solorzano visitou o congresso de crescimento da igreja em
Seul. Na volta, ele mudou todo o trabalho da sua igreja para a estrutura baseada em
pequenos grupos. Em 2002 havia mais de 120 mil membros na igreja central, além de
igrejas-filhas em vários países. Essa igreja tem dois encontros dos grupos familiares
semanais, um para edificação e outro para evangelismo.
Outros países
Da África do Sul recebemos notícias através de obreiros e obreiras que visitaram a
nossa cidade na década de 90 em palestras organizadas pela MISPA. Relataram o
grande crescimento das muitas Igrejas desse país que adotaram grupos familiares.
Poderíamos ainda enumerar outros países como a Etiópia, Japão, Comunidade dos
Estados Independentes (parte da antiga União Soviética, inclusive a Rússia), Austrália e o
próprio Estados Unidos, em que as Igrejas em pequenos grupos têm alcançado
silenciosamente um número muito de grande de pessoas para o Reino de Jesus.
Os que têm acesso à Internet poderám acessar um grande número de sites de
ministérios existentes pelo mundo. Veja abaixo o capítulo de Igreja em s na Internet.
Brasil
No Brasil, um dos grandes entusiastas desse trabalho é o Pastor Robert M. Lay, da
Igreja Irmãos Menonitas de Curitiba (PR). Além de ser um estudioso do assunto, tem
visitado várias Igrejas no mundo, aprendendo e passando para nós em seminários e
palestras o que tem aprendido. A Igreja pastoreada por ele está tendo um crescimento
muito grande após a implantação de Igreja em células.
Em nossa nação já é grande o número de Igrejas que abraçaram a visão de Igrejas em
em pequenos grupos. Entre elas destacamos:
Igreja da Paz, na cidade de Santarém (PA), na margem sul do Rio Amazonas. Tem como
líder o pastor Abrahão (Abe) Hubber, obreiro muito dinâmico que tem levado à sua região
um grande e poderoso avivamento. O seu ministério conta atualmente com 21 igrejas na
cidade de Santarém e 150 igrejas na região, todas geradas por seu ministério de poucos
anos, além de um grande número de igrejas nas regiões Norte e Nordeste, todas em
grupos familiares e no modelo MDA (Método de Discipulado Apostólico). O forte desse
ministério é o discipulado pessoal. Além das s familiares, há as micro células de
discipulado e treinamento. Conta ainda com um grande trabalho social na região
amazônica, principalmente nas regiões ribeirinhas onde possui mais de 70 barcos. Tem o
alvo de alcançarem só na cidade de Santarém neste ano (2000) duas mil s familiares que
multiplicadas pela média mínima de dez pessoas, totalizará o número de 20.000
membros. Têm ainda o alvo de em curto prazo totalizarem o número de 100.000
membros, ou seja 50% da população de Santarém.
Atualmente o Pr. Abe está com seu ministério na cidade do Recife onde seu trabalho tem
se desenvolvido com graça abundante. Mais informações em
http://www.igrejadapaz.com.br/fortaleza/a-igreja/pr-abe-huber/
Também da Igreja Batista da Lagoinha, berço do movimento de renovação espiritual no
Brasil, tem adotado grupos familiares. (vide www.lagoinha.com )
Temos também notícias de várias outras Igrejas e Comunidades, inclusive muitas
Igrejas Batistas (Primeira de Campo Grande (MS), Palavra Viva no Alto da Lapa SPPr.
Lamartine, da Água Branca do Pr. Ed René, Igreja Batista do Centenário – Joinvile –
Pr. Flávio Brim, Primeira Igreja Batista do Brasil em Salvador, Igreja Batista Central em
São Luís do Maranhão), Presbiterianas e Metodistas, que têm adotado a visão, além de
se renovarem para a obra do Senhor
A visão dos pequenos grupos tem sido muito divulgada nos seminários promovidos pela
SEPAL (Serviço de Evangelização Para a América Latina), despertando e motivando
pastores e líderes para a grande obra do Senhor de arrebatar das mãos do "inimigo" as
vidas que hão de se salvar. Destacamos nesse trabalho o Pr. David Kornfield que tem
elaborado o Modelo de Igreja de células.
...O Pr. David Kornfield estará falando aos pastores e líderes da IPRB no dia 14 de
dezembro deste ano (2011) na palestra “Pastoreio de Pastores”. Vide a convocação no
site ttp://www.iprb.org.br/noticiastextos/
not_eventos/2011/Diret_Admin_convocacao.htm#PASTOREIO_DE_PASTORES
Igrejas Tradicionais MBP e Igrejas em grupos familiares.
A Igreja no Modelo Baseado apenas em Programas (MBP) tem conseguido crescer até
um patamar pequeno. Os números dão conta que 67% das Igrejas tradicionais MBP
param de crescer ao atingirem de 50 a 150 membros. 28% estacionam em 350 membros.
Apenas 5% conseguem chegar a 1.000 ou 2.000 membros quando seus pastores são
super administradores contando com grande equipe ministerial. Qual a causa dessa
limitação? Com as atividades centralizadas nos templos (edifícios) e em
especialistas (dirigentes de programas), as pessoas não são alcançadas lá onde se
encontram, necessitadas e sedentas do amor de Cristo. Apenas três Igrejas MBP no
mundo atingiram 20.000 membros conforme dados do ano 2003, enquanto que mais de
20 Igrejas em grupos familiares no mundo atingem mais de 40.000 membros, como
algumas já comentadas por nós. Muitas outras, mais do que se imagina, estão
caminhando rapidamente para aumentar em muito essa marca, para o crescimento do
Reino de nosso Senhor.
Você pode perguntar:- Por que essa preocupação toda com o crescimento da Igreja? E
a resposta nos vem dos dados do crescimento da população mundial: Desde a criação do
homem até o ano 1.800 DC (cerca de 5.800 anos) o mundo atingiu 1 bilhão de pessoas,
mais cem anos (1900) atingiu 2 bilhões, atualmente já passamos dos 6,5 bilhões. Estimase
que até 2025 haverá cerca de 10 bilhões de habitantes na Terra. Soma-se o fato que
mais da metade da população do mundo nunca ouviu o nome: Jesus Cristo. Será que
vamos esperar que os anjos venham testemunhar da salvação? Nós somos os atalaias do
Senhor, preparemos a sua volta. As grandes ondas de avivamento provocadas pela
chegada do barco de Jesus nos têm atingido. A maré alta, a mais alta de todas se
aproxima, só falta o mundo todo ouvir o evangelho do Senhor e esse trabalho as igrejas
em grupos familiares estão realizando. Breve o barco de Cristo atracará no nosso Porto.
IV. BASES BÍBLICAS PARA IGREJA EM GRUPOS FAMILIARES.
Jetro, cheio de sabedoria, observou que seu genro Moisés passava praticamente o
tempo todo julgando e resolvendo as questões do povo hebreu, o que lhe era
tremendamente estafante. Não restava a Moisés tempo nem forças para outras atividades
também importantes como a convivência familiar. Aconselhou-o então a dividir o povo em
pequenos grupos com chefes de mil, de cem, de cinquenta e de dez para que
resolvessem as questões básicas do povo. Moisés pode então exercer uma liderança
eficaz entre o povo. Nem por isso Moisés perdeu poder, ao contrário, ele cresceu ainda
mais (Êxodo 18. 1 a 27).
O ministério de Jesus foi o exemplo de um pequeno grupo. Liderou por cerca de 3,5 anos
um grupo básico de 12 pessoas e estes, após o Pentecostes, multiplicando-se mudaram a
história do mundo e a nossa sorte.
A Igreja Iniciante se reunia no templo judeu e nos lares - Atos 2. 46 e 47 e 5. 42
Em Atos 20.20 Paulo anunciava o evangelho de casa em casa.
No capítulo 16 da carta de Paulo aos romanos ele faz recomendações e saudações a
vários líderes dirigentes de igrejas caseiras, conhecidos e treinados por ele na Ásia,
inclusive mulheres (Priscila e Áquila, Epêneto, Maria, Andrônica e Junia, Urbano, Trifena e
Trifosa, Pérside, Júlia e outros, além de Febe). Cita ainda nominalmente 05 igrejas
caseiras (versos 5, 10, 11, 14 e 15).
Outras citações:- I Coríntios. 16.19, Gálatas 1.2, Filipenses 4.22, Colossenses 4.15, II
Timóteo 4.19, Filemon 2, etc.
Não nos surpreende que as "igrejas caseiras" tornaram-se
o ponto chave no crescimento do evangelho e da fé cristã.
V. O QUE É UMA IGREJA EM GRUPOS FAMILIARES OU CÉLULAS?
O nome é usado em virtude de seu crescimento ser similar ao das células de um corpo
humano em crescimento. Uma criança cresce pela multiplicação constante das células de
seu corpo. A falta de crescimento indica que alguma coisa está errada e necessita de
correção. Assim uma Igreja também deve ter crescimento pela multiplicação rápida de
suas células (grupos familiares) e só parar de crescer quando estiver madura e pronta
para as bodas do Cordeiro, no arrebatamento.
Os grupos familiares se constituem prioridade sobre programas e ministérios. O louvor
dos cultos de celebração são conduzidos pelas lideranças dos grupos familiares. É nos
grupos familiares que as pessoas são atendidas em suas necessidades físicas e
espirituais. Necessitados recebem beneficência, os feridos e traumatizados a cura, laços
conjugais são restaurados. Os programas de entretenimento dão lugar a campanhas de
evangelismo pessoal e eventos de colheita de almas preciosas.
1. O que não são grupos familiares :-
• Não são cópias de cultos:- Não é mais um culto realizado nas casas dos irmãos,
onde uma ou duas pessoas dirigem tudo e as demais ouvem passivamente. Nas
Igrejas de Programas apenas um pequeno grupo de no máximo 10 a 15%
desempenham todas as tarefas, nada sobrando para os demais. Já quando os
grupos familiares são implantados as oportunidades são muito amplas.
• Não são "Koinonites", ou reuniões de clubes fechados onde os membros perdem
a visão da Grande Comissão:- "Ide (ou indo) por todo o mundo, pregai o evangelho
a toda a criatura", do ganhar almas para o reino de Deus, procurando apenas a
"edificação e comunhão próprias". Muitas vezes procuram só se aprofundar na
palavra, como fazem as "organizações de treinamento", tais quais "tatus" se
aprofundam e somem na terra, como diz o Pr. Roberto Lay.
• Não são "igrejinhas", competindo com os outros grupos, "roubando-lhes" os
membros, e chegando o momento de se subdividir para a multiplicação do corpo de
Cristo, recusam-se alegando vários motivos.
• Não são mais um programa da igreja. São a vida da própria Igreja ganhando
almas lá onde elas estão.
2. O que são grupos familiares :-
• São os pequenos grupos se reunindo, nos lares principalmente ou em outros
lugares pré-determinados, onde o líder é o que serve coordenando (facilitando) os
trabalhos, que contam com a participação de todos, onde estão presentes os
fatores a seguir:-
• É um grupo de encontro em comunhão (koinonia) onde podemos abrir os
nossos corações para ajudarmos e recebermos ajuda, onde todos se conhecem e
se amam. A solidão é um dos grandes males da humanidade e em nossas
comunidades também encontramos pessoas solitárias. Vêm aos cultos entram,
sentam-se, ouvem, às vezes cantam, outras vezes até recebem orações, levantamse,
vão embora e rapidamente estão vazios e solitários novamente. Em um grupo
familiares saudável isso não acontece, pois há comunhão entre as pessoas, todas
se conhecem e se amam como são. Podemos abrir nossos corações, contar
nossas frustrações e anseios para recebermos ajuda ministrando-nos
mutuamente, quebrando as fortalezas do "inimigo". Não somos mais anônimos,
cumprindo-se o "Amai-vos uns aos outros".
• E um grupo de exaltação:- nós fomos criados para exaltar e adorar a Deus, e
sabemos que "Deus habita no meio dos louvores...", e a adoração é levada a todas
as partes da cidade através de nossa palavra, orações e cânticos.
• É um grupo de edificação que estuda a palavra de Deus através de reflexões
semanais baseadas na mensagem pastoral do culto de celebração de domingo à
noite. São reproduzidas, distribuídas a cada participante e estudadas item a item
sob a coordenação do líder e participação de todos. Ao contrário dos cultos
dominicais, todos têm oportunidade de participar. Todos são discipulados em
estudos complementares da Palavra semanalmente nos grupos familiares, no
templo e em seminários intensivos.
• É um grupo de evangelismo. Todos se esforçam para levar outras pessoas
necessitadas e problemáticas para ouvirem a mensagem de libertação e salvação
em Jesus Cristo, nosso Senhor. Todos temos o nosso OIKÓS (família e círculo de
amizades), por eles oramos preparando-nos para levar-lhes a mensagem do amor
de Deus. Todos se alegram quando chega a hora de subdividir, ou melhor,
multiplicar o grupo, pois entendem que o mesmo está cumprindo fielmente a sua
finalidade:- a de engrandecer o REINO DE DEUS na terra, abrindo-se mais uma
frente onde o Senhor há de atuar. Nessa tarefa um grupo ajuda o outro e todos se
ajudam mutuamente em amor.
• É o cumprimento da "Grande Comissão". Jesus, antes de ascender aos céus,
deixou-nos uma grande comissão:- "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a
toda criatura", ou como diz a versão NVI:- "Vão pelo mundo todo e preguem o
evangelho a todas as pessoas" (Marcos 16:15). Os bandidos e marginais gostam
muito quando os policiais permanecem em seus quartéis em reuniões,
treinamentos, exercícios e serviços burocráticos, pois têm plena liberdade de ação.
Quando os policiais desempenham suas funções nas ruas, os "fora-da-lei" são
capturados e encarcerados. Assim também acontece com o espiritual, ficamos
muitas vezes nos reunindo, treinando, exercitando, organizando grandes
"correntes", campanhas e orando pedindo a Deus que os pecadores venham para
dentro das Igrejas para serem salvos. A Palavra de Deus nos diz para irmos levar a
pregação do evangelho lá onde as pessoas estão, sedentas e famintas, fazendo-os
discípulos de Jesus. Os bandidos (demônios) tremem de medo quando a Igreja
cumpre o mandado do Senhor literalmente. Todos já somos capacitados para essa
tarefa, temos recebido do Espírito Santo o poder do Alto para sermos testemunhas
verdadeiras do evangelho.
VI. IMPLANTAÇÃO E MODELOS DE IGREJA EM GRUPOS FAMILIARES.
A implantação e funcionamento de toda uma Igreja com a participação de 100% dos
membros, com a mudança dos trabalhos regulares de uma Igreja, não pode e nem deve
ser feita de um dia para o outro. Há etapas que devem ser cumpridas, para se mudar a
cultura e os paradigmas de um modelo de Igreja Baseada apenas em Programas (IBP)
que nós temos herdado. Avalia-se em cerca de três a quatro anos o tempo de transição.
As igrejas têm demorado cerca de três anos para começar a colher com abundância os
frutos da transição, tempo esse que coincide com o tempo terreno do ministério do
Senhor Jesus Cristo.
A pessoa chave para a implantação é o pastor presidente da Igreja. Este deve estar à
frente e ter a visão neotestamentária contida nos evangelhos, livro de Atos dos Apóstolos
e epístolas paulinas, de grupos familiares, fazendo ainda a leitura dos livros e literaturas
sobre o assunto, conhecendo Igrejas onde o sistema tem sido uma bênção e participando
de seminários sobre o assunto.
Fazemos abaixo uma breve descrição de alguns modelos que estão sendo usados entre
nós. Devemos enfatizar que os modelos são estratégias para se levar a salvação aos não
alcançados. Não devemos, nem podemos fazer dos modelos doutrinas e legalismos.
Cinco Por Cinco
Constitui-se a base dos grupos familiares e do trabalho em células implantado pelo Pr.
Ralph W. Neighbour Jr. As nomenclaturas são alteradas de acordo com os padrões e
conceitos a serem colocados em prática de acordo com o pastor presidente e o Conselho
da Igreja.
1. Líderes. Cada grupo familiar conta com um líder e um auxiliar (líder em
treinamento também chamado por alguns de Timóteo), devidamente treinados, que
coordenam as atividades semanais. O líder tem autoridade delegada através do
pastor-presidente para exercer as suas funções. É subordinado a um supervisor ao
qual deverá prestar contas de suas atividades, participando das reuniões mensais.
Semanalmente, preferencialmente até as terças-feiras, recebe da secretaria o
malote que contém todo o material necessário para a semana, inclusive o estudo a
ser ministrado baseado na palavra pastoral do domingo à noite. O malote deverá
ser devolvido à secretaria até o final da semana, lacrado e contendo os envelopes
com os dízimos e ofertas quando implantado esse item, relatórios preenchidos,
cadastramento de membros e observações sobre falta de material e diversos.
2. Supervisores. Para cada quatro ou cinco grupos familiares há um supervisor.
São escolhidos dentre os líderes e recebem autoridade para ministrarem aos
líderes e auxiliares a eles designados. Devem visitar cada grupo familiar sob sua
supervisão uma vez por mês, verificando, aconselhando e incentivando os líderes e
participantes. Não devem visitar grupos subordinadas a outros supervisores, nem
ministrarem a outros líderes. Participam mensalmente das reuniões de avaliação
com o seu pastor de área e na semana seguinte com seus liderados. Prestam
contas de suas atividades através de relatórios. Devem membrar-se a um grupo
familiar. .
3. Pastores-de-área. Também para cada quatro ou cinco supervisores há um
pastor-de-área, também designado dentre os supervisores. Estes ministram os
supervisores realizando reuniões mensais de avaliação, instrução e apoio.
Recebem do pastor-de-distrito, na falta deste, do pastor-presidente, os relatórios
condensados e estatísticas que, depois de comentados, são levados aos
supervisores. Devem participar das reuniões dos supervisores com seus líderes e
visitarem semanalmente grupos familares de sua área, principalmente em suas
reuniões iniciais. As visitas devem ser rápidas, indo-se a vários grupos familiar num
mesmo dia. Nessas visitas o pastor-de-área leva uma mensagem de apoio e
estímulo aos líderes e pessoas presentes, e uma oração abençoando-os. Devem
se arrolar a um grupo familiar na condição de membro .
4. Pastores-de-distrito. A cada quatro ou cinco pastores de área ainda haverá um
pastor-de-distrito que, juntos com o pastor-presidente, devem planejar e estruturar
todas as atividades da Igreja em grupos familiares.
Igreja de s/
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+ + + + + +
"Comparando a Igreja com s, a Igreja de s (MAPI) e a Igreja em s (IEC)
Existem grandes similaridades entre o MAPI (Ministério de Apoio para Pastores e Igrejas
em células ou grupos familiares - Pr. David Kornonfield) e a IEC (Igreja em s) liderado por
Roberto Lay de Curitiba. Muitos deles seguem abaixo:
1. Compartilhamos uma visão da importância da igreja em miniatura, uma igreja
vivenciada em grupos pequenos voltando a uma eclesiologia que reflete o livro de
Atos.
2. Temos a visão que a igreja vivenciada em grupos pequenos é a espinha dorsal
da igreja saudável.
3. Compartilhamos a convicção que mudança permanente de pessoas e de igrejas
começa com ouvir a Deus e com a transformação de valores.
4. Temos o compromisso de ganhar o país para Cristo através de
mobilizar todas as igrejas, numa visão inter- e trans-denominacional.
5. Nós nos enxergamos como um movimento e não uma instituição, organização
ou denominação.
6. Temos uma ênfase evangelística baseada em células ou grupos familiares tanto
nos GFPs como com os GFEs (grupos familiares evangelísticos que a IEC chama
de grupos de interesse). A IEC acrescenta a ideia de eventos de colheita
planejados por um grupo familiar ou a igreja inteira.
7. Formamos uma rede de igrejas e pastores com a mesma visão, oferecendo um
apoio para os pastores (pelo menos aconselhamento e comunhão).
8. Queremos levantar igrejas modelos que possam ser pontos referenciais para
outros pastores e igrejas.
9. Temos muitos valores centrais em comum. Por exemplo: treinamento contínuo,
todo membro um ministro, interdependência (mutua prestação de contas),
equipando os santos, formação bíblica e prática (transformação vs informação).
+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +
• Nota:- Os obreiros são formados e forjados dentro da estrutura de Igreja em grupos
familiares e têm a unção do Alto. Convém salientar que as estruturas e modelos de
Igrejas com grupos familiares contam com treinamentos teóricos e práticos
específicos aos líderes, supervisores e pastores. Nenhum obreiro é colocado em
sua posição sem passar por esses treinamentos e sem ter apresentado os méritos
das multiplicações e conquistas de vidas que foram alcançadas para o Senhorio de
Jesus Cristo. Todos somos discípulos que geram novos discípulos iguais ao
Mestre. Isso é viver na comunhão do primeiro amor.
VII. FUNCIONAMENTO DE UMA IGREJA EM GRUPOS FAMILIARES
O padrão que temos usado é o descrito abaixo:-
1. Cada grupo familiar conta com um líder que coordena o trabalho semanal como
facilitador. O líder está sempre coordenando e facilitando a vida da grupos
familiares. Não devem ser convidadas outras pessoas, por mais
"ungidas/consagradas" que sejam, para dirigirem a palavra. O líder tem a unção de
Deus para a direção da mesma.
2. O tempo de duração das reuniões semanais deve ser de 1 hora a uma hora e
meia. As reuniões noturnas deverão se encerrar no mais tardar às 21,30 horas, em
respeito às famílias que cedem seus lares, aos seus vizinhos e às pessoas
presentes. Quando as reuniões são muito prolongadas os visitantes não voltam
para as próximas reuniões. Alcançá-los é a nossa grande missão. Não se deve
retardar o início dos trabalhos à espera de qualquer pessoa, por "mais importante"
que seja. Após a reunião deve-se evitar os "comes e bebes".
3. A divisão do tempo deve obedecer ao seguinte padrão, algumas vezes alterado
pelas circunstâncias e pela atuação do Espírito Santo, não devendo, no entanto,
isto ser usado de pretexto para a alteração do modelo constantemente:- .
• Encontro (10 minutos):- Também chamado de "quebra-gelo". É o início das
reuniões quando as pessoas se encontram, cumprimentam-se e conversam, é o
bem-vindo. O líder toma a palavra e lança uma pergunta para facilitar a
descontração do grupo e promover seu nivelamento emocional.
• Exaltação (10 minutos):- Momento do louvor e adoração. Lê-se uma passagem
bíblica de exaltação ao Senhor, alguns cânticos são entoados por todos. Inicia-se
com cânticos de louvor (exaltação ao Senhor pelo que nos tem feito) e termina-se
com cânticos de adoração (exaltação ao Senhor pelo que Ele é). Tem-se a
oportunidade dirigir a Deus palavras de exaltação ao seu Nome. Nesse momento o
Senhor tem-se manifestado derramando o Seu poder e graça. Há um crescimento
espiritual da reunião preparando as pessoas para o momento da edificação.
• Edificação (35 minutos):- Momento de comentar-se a Palavra. Com base na
mensagem pastoral do culto de celebração no domingo, são feitas três perguntas
das quais os participantes vão tirar lições práticas para o dia-a-dia e aprofundar seu
conteúdo.
• Evangelismo (10 minutos):- É a hora de colocarmos o nosso Oikós (nosso círculo
de amizades e familiares) diante do Senhor. Contamos nossas experiências de
evangelismo pessoal e planejamos as estratégias para alcançarmos outras
pessoas através do nosso testemunho pessoal. Coloca-se uma cadeira vazia no
centro tendo o alvo de vê-la ocupado na próxima reunião. Os novos alcançados
são avisados dos dias e horas dos cursos de discipulado individuais. Após, em
grupos de 03 pessoas oramos pelas necessidades pessoais, encerrando-se a
reunião.
4.O ambiente da reunião do grupo familiar deve ser informal, isto é todos se
assentando em círculo, incluindo o líder, e participando igualmente. O líder, ou
outro participante, não deve monopolizar as atenções.
• 5. Os testemunhos são importantes, pois nos fortalecem, mas devem ser breves e
sem rodeios, não excedendo a 3 minutos. Cada semana deve ser apresentado um
testemunho, variando-se as pessoas.
6. As reuniões dos grupos familiares têm a unção do Espírito Santo. Muitos
milagres acontecem, vidas são alcançadas e transformadas, pessoas são cheias
do Espírito Santo e usadas em dons e ministérios.
7. Deve-se estimular os presentes a comparecerem aos Encontros de Celebração,
na Igreja-Sede.
8. Deve-se evitar que haja programas competindo com as reuniões semanais dos
grupos familiares. Nenhuma outra reunião, ensaio, comemoração ou programação
são mais importante. Os grupos familiares devem ter a essência da vida da Igreja.
9. A quantidade ideal de membros dos grupos familiares é de 06 a 12 membros.
Nos grupos de multiplicação ou grupos novos, quando o grupo contar com 12
pessoas arroladas, deverá ser subdividido, ou melhor, multiplicado, facilitando a
comunhão, o aprendizado e a atenção aos não membros e visitantes. O ideal seria
formar novos grupos familiares com 06 pessoas cada.
10. Após o período de transição, o número total de membros da Igreja poderá ser
soma de todos os membros dos grupos familiares, não sendo esta uma regra rígida.
11. Não há critério rígido para se membrar em um grupo familiar. Podem ser:-
geográfico, de grupos de interesse, de ministérios. Em vários ministérios há uma
diversidade na formação dos grupos familiares, não havendo um padrão único. Os
adolescentes e jovens têm seus grupos próprios. As crianças participam dos grupos
familiares com seus pais, separando-se para o estudo apropriado no momento próprio
que são liderados pelos pais alternadamente a cada reunião ou conforme o supervisor
determinar. As crianças ainda recebem material para estudos durante cada dia da
semana, ministrados por seus pais. Esses estudos têm também o objetivo de edificar os
pais.
12. Nunca devemos formular regras rígidas. Devemos permitir ao Espírito Santo
conduzir os grupos familiares como Lhe apraz.
VIII. LIDERANÇAS
A Igreja em grupos familiares conta com lideranças constituídas e subordinadas à
direção da Igreja local. Devem possuir as qualidades mencionadas na carta de Paulo
escrita a Tito 1. 5 a 9. São escolhidas sempre entre as pessoas que assumiram um
compromisso com a Igreja em grupos familiares.
1. Líderes. Cada grupo familiar conta com um líder, devidamente treinado. Coordena as
atividades semanais dos seus discípulos de Cristo sob a sua cobertura ou de
multiplicação sendo um facilitador. O líder tem autoridade delegada através do pastorpresidente
para exercer suas funções. É subordinado a um grupo superior ao qual deverá
prestar contas de suas atividades, participando das reuniões periódicas. Semanalmente
recebe o malote que contém todo o material necessário para a semana. O malote deverá
ser devolvido à secretaria até o final da semana, lacrado e contendo os envelopes com os
dízimos e ofertas, relatórios preenchidos, cadastramento de membros e observações
sobre falta de material e diversos.
IX. MINISTÉRIOS DE APOIO
Deverão ser constituídos ministérios de apoio constituído de Redes homogêneas.
Ministérios propostos:- ·
• Redes:- Devem ser constituídas redes homogêneas para alcançar, integrar,
discipular e enviar para as s pessoas com as mesmas afinidades. Redes que
podem ser constituídas:- Casais, homens, mulheres, jovens, adolescentes,
crianças, etc.
• Ação Social. Formado pelos diáconos, coordena as doações aos necessitados.
Estes são atendidos através dos grupos familiares onde também são feitas as
coletas. A tesouraria também destina uma parte dos recursos em espécie.
• Intercessão.Ministério dedicado à intercessão durante os cultos de celebração a
favor das pessoas não alcançadas e com problemas. Visa neutralizar os ataques
do "inimigo", pedindo a Deus a liberação de hostes angelicais.
XI. PREPARANDO-SE PARA CRESCER
Prepare-se para ver sua Igreja crescer espiritual e materialmente.
Na igreja convencional apenas um pequeno número de pessoas tem a oportunidade
real de desempenhar e realizar alguma obra. Muitos talentos, dons e ministérios têm sido
desprezados e sufocados por falta de chances reais. Passa-se toda a vida cristã em
treinamentos; ora em "uniões de treinamento" ora em reuniões de "estudos", "de
planejamentos", mas que nunca são colocados em prática por causa das "estruturas".
Nas Igrejas em grupos familiares esses talentos, dons e ministérios são desenvolvidos,
pois há oportunidades para todos. Aprende-se na prática os ensinos bíblicos do dia a dia.
Ninguém precisa manter-se como um anônimo ou um número estatístico. Nos grupos
pequenos a todos conhecemos e somos de todos conhecidos, sem as capas e as
máscaras. Juntos podemos participar do ideal do engrandecimento do Reino de Deus,
libertando vidas das garras do "inimigo" para serem colocadas debaixo do Senhorio de
Jesus Cristo.
Ore muito, revista-se do amor pelas almas não alcançadas e prepare-se para um grande
crescimento.
Observação Importante – Geralmente na implantação de um programa sério
de crescimento da Igreja, ou melhor, do crescimento do Reino de Deus,
muitos problemas fatalmente vão aparecer, ou aflorar. Não devemos pensar
que foi causado pelo modelo adotado. Ao contrário, o Espírito Santo estará
colocando a nossa casa em ordem e permitindo que Satanás aponte os erros
ocultos da membresia da Igreja. Embora seja um processo doloroso, é um
passo importante na santificação de vidas e do ministério da Igreja como um
todo. Cuidado que os maiores problemas costumam surgir onde menos se
espera.
Ivo Gomes do Prado – Pastor de área na IPR Vila Ribeiro nos anos 90, antes da
implantação do G-12.
BIBLIOGRAFIA
Grupos Familiares e o Crescimento da Igreja.
Muito Mais Do Que Números.
Oração Eficaz
- David Younggi Cho
Koinonia
- Ed René Kivitz
Estratégias para o Crescimento da Igreja
- Peter Wagner
Apostila Ministério Igrejas em s
- Robert M. Lay celulas.im@aol.com.br
Apostila Seminário para Formação de Líderes
- Wilson Canto Filho
Apostila As s
- Igreja Holiness de Pompéia.
Manual do Auxiliar de - Manual do Líder.
O Ano da Transição.
Apostilas O Ano da Transição
- Ralph W. Neighbour Jr.
- Ministério de Igrejas em s em Curitiba (PR) fone (41)276-8655 – celulas.im@aol.com.br
- TOUCH Publications Inc.,P. O. Box 19888
Houston, Texas - USA
A Igreja do Século XX - A História Que Não Foi Contada
- John Walker & Outros
- Worship Produções - Americana (SP) -
Sonha e Ganharás o Mundo – César Castellanos Domingues
Revistas Videira – A Revista da Igreja em células – http://www.videira.org.br